MAÇONARIA BRASILEIRA: a história ocultada

MAÇONARIA BRASILEIRA: a história ocultada

Após anos de buscas, coletas e organização de documentos, muitos deles inéditos, e um trabalho de pesquisa e escrita ainda mais intensificado durante a pandemia, Kennyo Ismail apresenta sua nova obra, “MAÇONARIA BRASILEIRA: a história ocultada”, que abre e revela o conteúdo da caixa-preta de oito décadas da Maçonaria brasileira, abrangendo, desde o período anterior ao surgimento das Grandes Lojas, até o período posterior ao surgimento da COMAB.

Foram milhares de documentos analisados que reescrevem, com base em fatos documentados, muitas das histórias que nos têm sido contadas pelos meios oficiais e obras literárias publicadas até então. Ainda, eles revelam uma verdadeira e longa guerra travada nacional e internacionalmente nos bastidores da Maçonaria brasileira, ocultada dos olhos da base.

Serão revelados detalhes não apenas da origem, desenvolvimento e funcionamento dos bastidores dessa guerra envolvendo as três vertentes maçônicas simbólicas brasileiras (GOB, CMSB e COMAB), mas também envolvendo os Supremos Conselhos do REAA, os Ritos Adonhiramita, Brasileiro e Moderno, a Confederação Maçônica Interamericana, a Conferência dos Grão Mestres dos Maçons na América do Norte, a Grande Loja Unida da Inglaterra, e como tudo isso direta e indiretamente se relacionou a esses conflitos e seus blocos, ao longo de mais de 80 anos, sem que os maçons da base soubessem.

Além dos bastidores das relações interpotenciais brasileiras, alguns documentos revelaram outros fatos curiosos, ocultados ao longo dos anos. Como exemplo, você sabia:

  • Que uma potência maçônica brasileira ofereceu o Grão-Mestrado a um profano?
  • Que uma potência maçônica brasileira já teve problemas com prostituição e consumo de drogas em suas dependências?
  • Que uma potência maçônica brasileira já sofreu “Intervenção Militar”, com um general se auto-declarando Grão Mestre?
  • Que, na Ditadura Militar, um irmão foi preso e torturado por um Delegado de Polícia, também maçom, não por ideologia política, mas por sua vertente maçônica?
  • Que uma potência maçônica brasileira já teve um Grão Mestre ateu?

Esses são apenas cinco dentre os mais de cem fatos apresentados e comprovados, sendo que alguns descortinam verdades desconcertantes.

E por que conhecer a verdade sobre nossa história é tão importante? Porque esse período de união que estamos vivendo atualmente entre as três vertentes maçônicas brasileiras já foi experimentado outras vezes no passado, e sempre durou pouco. Para que essa união seja próspera e duradoura, é necessário retirar os esqueletos e o que mais estiver oculto no armário ou debaixo do tapete. Isso porque “a Maçonaria que não conhece a sua história está condenada a repeti-la”.Se o desejo de perpetuar esse período de união da Maçonaria brasileira é realmente genuíno, faz-se necessário entranhar-se no âmago dos conflitos, suas reais razões e motivações. Sem conhecermos e, principalmente, reconhecermos os erros desse passado não tão distante, não demorará para que eles se repitam.

Kennyo Ismail é pesquisador, professor, palestrante e escritor. Foi o tradutor e comentarista do clássico Ahiman Rezon (2016), e o revisor técnico da edição brasileira do best-seller Maçonaria para Leigos (2015). É autor de obras como Desmistificando a Maçonaria (2012), O Líder Maçom (2014), Debatendo Tabus Maçônicos (2016), História da Maçonaria Brasileira para Adultos (2017), Um Clone para Deus (2017), O Livro do Venerável Mestre (2018), e Ordem sobre o Caos (2020).

E, em todos esses anos envolvido com a produção e publicação de literatura maçônica, trabalhando com diferentes editoras, Kennyo percebeu que, para propostas literárias especiais como essa, não poderia se restringir a limitações de tipo de papel, capa, formato, dimensões, diagramação e distribuição que uma editora convencional muitas vezes impõe. Por essa razão, ele criou a Editora No Esquadro, pela qual publicou seu último livro “Ordem sobre o Caos” e publicará este, “Maçonaria Brasileira: a história ocultada”.

A capa do livro foi desenvolvida pelo talentoso ilustrador Felipe Bandeira, da Lápis Designer. O livro será publicado em capa dura e miolo em papel pólen, que proporciona maior conforto na leitura e manuseio. E em cada exemplar, um código que dá acesso a uma nuvem em que se poderá visualizar todos os documentos comprobatórios.

E para completar o projeto, foi desenvolvido o Box de Luxo, composto por uma caixa artesanalmente personalizada contendo um exemplar do livro autografado. A caixa é feita em MDF cru com dobradiças, tendo pintado na tampa, no canto superior esquerdo, o mesmo timbre de “confidencial” que há na arte da capa; e personalizada com o nome ou apelido do doador (máximo de 8 letras) pintado de preto no canto inferio direito. As cores e a temática da caixa são inspiradas na capa do livro, transmitindo a ideia de documentos confidenciais, sigilosos, secretos. Um verdadeiro trabalho artesanal, sendo cada peça personalizada e, por isso, com poucas unidades disponíveis.

Por meio dessa campanha, Kennyo Ismail espera contar com seu apoio para levantar o investimento necessário e transformar esse projeto em realidade. Os custos com desenvolvimento, revisões, diagramação, ilustrações e artesanato já foram suportados por ele. Assim, 100% do valor arrecadado será destinado às despesas com produção gráfica, embalagens e postagens.

Para saber mais sobre o projeto, CLIQUE AQUI.

SEAN CONNERY NÃO É MAÇOM

SEAN CONNERY NÃO É MAÇOM

Quando soube do falecimento de Sir Sean Connery, lamentei por mais essa grande perda que 2020 nos impõe. Sou fã das atuações dele em filmes como Indiana Jones e a Última Cruzada, O Nome da Rosa, Highlander, Armadilha, Encontrando Forrester, seus 007 e, é claro, O Homem que queria ser Rei.

E este último filme citado é o responsável pela crença de que Sean Connery é maçom, crença essa ressuscitada com sua morte. No filme, ele interpreta um maçom. Mas assim como interpretar James Bond não o transformou em um agente secreto do MI6, ou interpretar Henry Jones não o transformou em professor de história, o mesmo se aplica a “O Homem que queria ser Rei”.

Nesta história, originalmente escrita por Kipling, famoso escritor e maçom, dois soldados ingleses que são maçons servindo na Índia buscam riqueza em um pequeno país próximo do Afeganistão. Então, o símbolo maçônico do esquadro e compasso, presente em um pingente do colar de um deles, é reconhecido pelos nativos como símbolo de Alexandre, o Grande, considerado lá como um Deus desde que os havia dominado. E isso leva esse maçom a ser coroado como rei e considerado com um deus.

A imagem de Sean Connery usando uma coroa e vestido com uma túnica branca tendo o esquadro e compasso em seu peito, que vem ilustrando a afirmação de sua filiação maçônica, é uma cena desse filme.

Curso: Introdução aos Graus Ingleses

Curso: Introdução aos Graus Ingleses

Escola No Esquadro, primeira plataforma de cursos online de Maçonaria no Brasil, acaba de lançar um novo curso: Introdução aos Graus Ingleses.

O curso apresenta interessantes informações sobre os diversos graus além do de mestre maçom de origem inglesa em território nacional, esclarecendo mitos, explicando paramentos e medalhas, e auxiliando na tomada de decisão de qual ordem lateral é a mais adequada a cada perfil de irmão.

O autor do curso, Irmão Felipe de Paulo, é figura conhecida nas Ordens de Aperfeiçoamento Inglesas no Brasil, tendo exercido posições de liderança em muitas delas.

O curso conta com 16 videoaulas, ebook, material de apoio e certificado.

Para saber mais, CLIQUE AQUI.

ADEUS A UM HERÓI MAÇÔNICO

ADEUS A UM HERÓI MAÇÔNICO

Livros, contos e filmes contam histórias de amor. Não apenas do clássico amor entre um homem e uma mulher, mas também do amor fraterno, do amor paternal e maternal, do amor filial, ou mesmo do amor de um cão por seu dono. Alguns amores são difíceis de classificar. Eu explico:

Havia nesta terra um homem chamado Aprígio Furtado de Oliveira Primo, mas ninguém o conhecia pelo nome. Todos, desde que ele era pequeno, habituaram-se a chamá-lo de “Camarada”. E, durante seus quase cem anos de vida, a maioria das pessoas que conviveram com ele nem ao menos sabia seu nome verdadeiro, pois sempre o conheceram e o chamaram de Camarada.

E por que alguém ganha, desde criança, o apelido de Camarada? Simples, porque ele sempre foi exatamente isso, amigo de todos e sempre disposto a ajudar, até mesmo desconhecidos.

Quando nasci, havia uma geração entre eu e ele. Ele é meu avô, pai de minha mãe. E quando fui batizado, ele tornou-se meu padrinho. Já na adolescência, admirando a Maçonaria por saber que ele era maçom, ingressei na Ordem DeMolay e ele tornou-se meu tio. E, anos depois, quando fui iniciado na Maçonaria, lá estava ele, chorando de alegria por eu ter me tornado seu irmão.

Então como eu poderia classificar esse amor que sinto? Amor de neto? De afilhado? De sobrinho? De irmão? Gosto de pensar que de todos e muito mais. Pois, além de tudo isso, o Camarada era meu amigo. Daquele amigo que é companheiro de estrada, com quem tive a oportunidade de rodar o interior de nossas Minas Gerais tantas vezes. Daquele amigo com quem desabafamos, pedimos conselhos, contamos segredos.

O Camarada, apesar de pouco estudado, era um leitor voraz. Lia até jornal velho. E era um verdadeiro apaixonado pela Maçonaria. Foi iniciado na Loja “Luz e Humanidade”, do GOB-MG, em Patrocínio. Ainda Aprendiz, mudou-se com a família para Unaí, cidade então muito nova e desprovida de lojas. Ele ia toda semana de jipe, em estrada de terra, para Paracatu, a cem quilômetros de distância, para frequentar as reuniões da Loja “Nova Luz Paracatuense”, também do GOB-MG. As duas lojas então trocaram correspondências e combinaram que ele receberia as instruções, apresentaria trabalhos e passaria pela sabatina em Paracatu e, quando aquela loja informasse à loja de Patrocínio que ele estava pronto, esta marcaria seu aumento de salário. E assim foi, até que o Camarada tornou-se Mestre.

Já Mestre Maçom, o Irmão Camarada reuniu-se com outros irmãos que viviam em Unaí e fundaram a primeira loja daquela cidade, “Mestres do Rio Preto”, no GOB-MG, tendo aquele grupo de irmãos escolhido o Camarada como seu primeiro Venerável Mestre. Alguns anos depois, quando Athos Vieira de Andrade, mineiro, “ganhou mas não levou” a eleição para Grão-Mestre Geral do GOB, culminando no surgimento da COMAB, muitas lojas de Minas decidiram por seguir Athos, entre elas a “Mestres do Rio Preto”, de Unaí.

Posteriormente a isso, o Irmão Camarada mudou-se para Uruana de Minas, ajudando a fundar a Loja “Nova Luz Bonfinopolitana”, GOMG-COMAB, em Bonfinópolis de Minas, a oitenta quilômetros de Uruana. Voltou assim a enfrentar semanalmente uma estrada de terra por conta de Maçonaria. Durante sua permanência em Uruana de Minas, deu assistência a um senhor, de passagem pelas proximidades. Esse senhor era um irmão, Celso Sérgio Ferreira, então Grão-Mestre da GLMMG. Dali nasceu uma grande amizade.

E quis o GADU que o Camarada retornasse a viver em Unaí depois de alguns anos. Foi então que aquele seu amigo, Celso Sérgio Ferreira, pediu para que ele auxiliasse outros irmãos que tinham por missão fundar uma nova loja em Unaí. Assim nasceu a “Acácia Unaiense”, da GLMMG. Lembro-me que, na ocasião da instalação da Loja, eu tinha apenas 10 anos e o “tio” Celso me sentou no colo e me perguntou se eu era bom em geografia. Ingênuo, respondi que sim. Então ele me fez dizer o nome de cada estado brasileiro por região geográfica. Quando chegou no Nordeste, a coisa complicou… e acabei esquecendo-me de Sergipe! O tio Celso então me disse que a próxima vez que voltasse a Unaí, me cobraria as capitais! Com receio de errar novamente, tratei de dar mais atenção e valor às aulas de geografia.

O tio Celso era, além de Grão-Mestre, Oficial Executivo da Ordem DeMolay para Minas Gerais. Por meio dele, o Irmão Camarada teve conhecimento sobre o que é a Ordem DeMolay. Ele passou anos defendendo a ideia de fundação de um Capítulo DeMolay em Unaí, encontrando enorme resistência. Esse projeto somente foi possível quando o filho de um maçom, foi estudar em Uberlândia e lá ingressou na Ordem. Assim, passou-se a ter mais maçons a favor do projeto, até que o mesmo tornou-se realidade. E lá estava o tio Celso com o meu vovô Camarada em minha iniciação na Ordem DeMolay. Meus dois padrinhos.

O pouco que sei da vida na roça, entre tirar leite, tocar berrante e gostar de uma boa moda de viola, aprendi com o Camarada. Mas seu exemplo ensinou-me muito mais, e o desejo de manter-me digno de ser seu neto, afilhado, sobrinho, irmão e amigo, manteve-me reto.

Quando fui iniciado na Maçonaria, na “Alvorada”, da GLMDF, em Brasília, ele não se contentou apenas em se fazer presente. Ele filiou-se à Loja e vinha de Unaí, de ônibus ou de carona, por 170 km, com certa frequência. Pelo menos, as estradas já não eram mais de terra. E ele ainda ajudou-nos a fundar a Loja “Bandeirantes” e a Loja “Flor de Lótus”.

Dediquei livros maçônicos que escrevi a ele, mesmo depois que ele queixou-se de que, infelizmente, não tinha mais visão, memória e raciocínio para ler. Isso porque as dedicatórias nunca foram para agradá-lo, mas para homenagear um maçom que enfrentou, por décadas, estradas de terra de madrugada, voltando para casa após incontáveis reuniões maçônicas em outros Orientes. Um maçom que nasceu no GOB, cresceu na COMAB e envelheceu na CMSB, sem nunca fazer qualquer distinção de irmão por rito ou potência. Um maçom que se dedicou à Ordem DeMolay e serviu de conselheiro e exemplo para dezenas de jovens, muitos dos quais passaram a também chamá-lo de “vovô Camarada” por compartilharem desse sentimento. E o maçom que ensinou-me a amar a Maçonaria por vê-lo, durante todos os dias da minha vida, viver a Maçonaria e seus ensinamentos 24 horas por dia.

Ele nos deixou no dia 19 de maio deste ano de 2020, aos 93 anos de idade, quando seu espírito prevaleceu sobre a matéria.

Obrigado, vovô Camarada, por tudo. Nada que eu fizer pela Ordem chegará perto do que o senhor fez por mim e por ela.

ORDEM SOBRE O CAOS agora em e-book

ORDEM SOBRE O CAOS agora em e-book

Atendendo a inúmeros pedidos, a obra recém lançada ORDEM SOBRE O CAOS, de Kennyo Ismail, agora está disponível também em ebook.

O livro é um tratado sobre história, funcionamento e ensinamentos dos 33 graus do REAA, alicerçado nas principais obras nacionais e internacionais escritas sobre o tema nos últimos 200 anos.

É dado luz sobre a incrível história do REAA, seu desenvolvimento até chegar ao Brasil, como é seu funcionamento no país e no mundo, e então decodifica grau por grau, do 1 ao 33, cada lenda, principais símbolos, filosofia, teologia e princípios éticos e morais contidos, revelando as ligações ocultas entre eles e os objetivos a serem inculcados em cada grupo de graus.

Você pode adquirir o e-book CLICANDO AQUI.

O tal Dia Internacional do Maçom

O tal Dia Internacional do Maçom

No último dia 22 de fevereiro vimos uma avalanche de mensagens de imagens comemorativas do tal Dia Internacional do Maçom, supostamente aprovado por unanimidade por uma comissão em uma Conferência de Grão-Mestres da América do Norte e posteriormente decretado pelo GOB.

A data é comemorativa ao aniversário de George Washington, primeiro Presidente dos EUA e o maçom mais proeminente daquele país. O interessante é que, até onde se verificou, nenhuma das Grandes Lojas norte-americanas que compõem a Conferência adotam e observam o suposto Dia Internacional. Algumas comemoram o aniversário de Washington, mas não mencionam a data como Dia do Maçom. Nem mesmo as Grandes Lojas do Canadá e a do Rito de York do México, que também compõem a Conferência, comemoram a data.

Entretanto, neste 22 de fevereiro de 2020 a Grande Loja Legal/Regular de Portugal comemorou o Dia Internacional do Maçom. Logo, tecnicamente, é algo internacional, visto ser observado por obediências de dois países: GOB (Brasil) e GLLRP (Portugal).

A razão de nenhuma Grande Loja que compõe a Conferência em que supostamente teria sido aprovada a data não a adotar, enquanto duas obediências visitantes da conferência adotam, é um mistério que persiste.

Ainda, fica a dúvida quanto qual comissão teria supostamente apreciado esse tipo de proposta: Planejamento, Hora e Lugar (definir data e local de outras reuniões), de Nomeação (avalia indicações para oficiais e membros de comissões), de Reconhecimento, de Renovação Maçônica. Nenhuma teria o escopo para esse tipo de proposta.

E, por último, ainda fica a dúvida de como uma obediência visitante, que não tem voz e voto na Conferência, teria supostamente apresentado uma proposta, ainda mais fora do escopo e dos objetivos da conferência.

Infelizmente, os dois visitantes da Conferência de 1994 que voltaram dando notícia do Dia Internacional do Maçom às suas jurisdições, Francisco (GOB) e Fernando (GLLRP), já não se encontram mais entre nós. E, passados mais de 25 anos, ninguém consegue confirmar com a Conferência de Grão-Mestres da América do Norte a suposta decisão. MAS, ela é, de fato, comemorada em duas jurisdições de países distintos, o que, tecnicamente, a torna Internacional (mais precisamente, Binacional).