Encontro com Ricardo de Carvalho – novo Grão-Mestre Geral do GOB

Encontro com Ricardo de Carvalho – novo Grão-Mestre Geral do GOB

No último dia 26, o GODF-GOB, por iniciativa de seu Eminente Grão-Mestre, Lucas Galdeano, e de toda sua equipe, realizou mais um Encontro Fraterno, dessa vez com o recém-empossado Grão-Mestre Geral do GOB, Irmão Ricardo de Carvalho, Ex-Presidente da SAFL – Soberana Assembleia Federal Legislativa do GOB, cuja posse ocorreu no último dia 24. O Encontro Fraterno anterior havia ocorrido no dia 25 de novembro do ano passado, quando foi promovido o histórico debate entre os então candidatos a Grão-Mestre Geral, Ballouk Filho (oposição) e Barbosa Nunes (situação). E mais uma vez, tive a oportunidade de participar como observador.

Nesta nova edição, o GODF deu a oportunidade de seus Veneráveis Mestres e demais membros inquirirem o recém-empossado Grão-Mestre Geral, Ricardo de Carvalho, apenas 02 dias após sua posse, sobre o cenário atual vivido pelo Grande Oriente do Brasil. E os irmãos não tiveram pudor em questioná-lo sobre os temas gobianos em voga.

O Irmão Ricardo apresentou-se bem articulado, informado e com oratória e carisma superiores as de seu antecessor. Ele é visto como membro do grupo político de Múcio Bonifácio, que o antecedeu na presidência da SAFL, tendo-o conduzido a tal posto que lhe garantiu o atual posto de Grão-Mestre Geral no último final de semana, por consequência da linha sucessória. Múcio atualmente substitui o saudoso Barbosa Nunes como cabeça da chapa de situação ao Grão-Mestrado, o que levará a uma ironia (ou não) do destino, pois, enquanto Múcio empossou Ricardo como Presidente da SAFL, ao que tudo indica, logo Ricardo poderá retribuir o favor, empossando Múcio como Grão-Mestre Geral do GOB.

O Soberano Ricardo iniciou seu discurso apresentando sua visão sobre o papel da Maçonaria na sociedade, defendendo a ideia de que a Maçonaria brasileira deve buscar transformar o Brasil por meio da cultura e da educação. Em suas palavras, “a Maçonaria (brasileira) é um paciente terminal pela falta de objetividade”.

Questionado quanto à crise eleitoral vivida atualmente pelo GOB, declarou que a culpa de tudo isso é do Superior Tribunal Eleitoral do GOB, que não foi célere quanto aos acórdãos para homologação e impugnação das chapas dentro do calendário eleitoral, adiando a eleição e criando toda esta celeuma. Afirmou que não será iniciado um novo processo eleitoral, pois o processo eleitoral ainda está ocorrendo, no qual há apenas uma Chapa homologada dentro do prazo, que é a chapa encabeçada por Múcio Bonifácio. Ainda, que essa chapa não precisa, em seu ponto de vista, de alcançar maioria dos votos para ser eleita. Pois, mesmo que todos votem nulo e ela tenha apenas um único voto favorável, será declarada eleita.

Em outras palavras, a eleição será apenas “pró-forma”, pois somente há um resultado aceito. Nos próximos cinco anos, o GOB será governado por alguém que escolheu ser candidato, independente se foi ou não escolhido pelo seu povo maçônico, que, pelo dito, nem ao menos terá o direito de rejeitá-lo.

O Irmão Ricardo também colocou-se a favor do início de um diálogo com as demais obediências maçônicas brasileiras, não descartando a possibilidade de reconhecimento, de auxílio ao reconhecimento internacional e de uma agenda comum quanto a ações sociais, por exemplo. Abordou ainda seu interesse em colaborar para o processo já iniciado de unificação da Ordem DeMolay brasileira, informando que estará presente no CNOD do SCODRFB, em Aracajú, no mês que vem, acompanhado de uma comitiva de Grão-Mestres Estaduais do GOB.

Sobre a suspensão preventiva do Deputado Federal (maçônico) da SAFL, William Carvalho, que ganhou notoriedade nos últimos dias por ter sido retirado “coercitivamente” de uma assembleia da SAFL, o Irmão Ricardo defendeu que a suspensão foi devida, pelo mesmo ter ridicularizado em redes sociais o então Grão-Mestre Geral do GOB, atentando assim contra a instituição do Grão-Mestrado e, consequentemente, do Grande Oriente do Brasil. Afirmou ainda que nenhuma suspensão recomendada pelo judiciário maçônico nos últimos anos foi contestada ou derrubada na justiça comum, o que, a seu ver, legitima as decisões.

E, como três perguntas ficaram, de certa forma, sem respostas, tomei a liberdade de enviá-las ao Soberano Irmão Ricardo de Carvalho, que gentil e fraternalmente as respondeu:

1 – As contas do Marcos José foram reprovadas? Quais as consequências disso?

GMG RicardoAs contas do Soberano Marcos José da Silva não foram reprovadas. Cabe tão somente ao Tribunal de Contas por dever constitucional analisar as contas, aprova-las ou reprova-las. O relatório do Tribunal de Contas foi pela aprovação das contas. A Comissão de Orçamento e Finanças da SAFL, por força do regimento interno daquela Casa Legislativa, tem a função de recepcionar e analisar o relatório emitido pelo Tribunal de Contas e, suscitada alguma dúvida, requerer ao tribunal a explicação daquilo que foi observado. O relatório da Comissão de Orçamento e Finanças da SAFL foi pela aprovação das contas. O que a SAFL rejeitou foi na realidade o relatório. Não apontando no prazo de 30 dias, nos quais as contas ficam à disposição, qualquer dúvida ou apresentando qualquer requerimento para que seja provida pelo tribunal ou pela Comissão de Orçamento e Finanças a devida informação, até diligências se for o caso, em tese, a reprovação do relatório da Comissão de Orçamento e Finanças sem especificar qual item das contas poderia ter gerado o motivo da reprovação, poderá gerar a interpelação da SAFL pelos órgãos competentes, afim de que, textualmente, tragam a luz os motivos e os itens que geraram tal comportamento.

2 – Você concordou com a aquisição da BMW? O que fará com ela enquanto Grão-Mestre Geral?

GMG RicardoFoi previsto na dotação orçamentária do GOB uma rubrica específica para troca dos veículos de propriedade do GOB. A escolha do veículo não é atributo da SAFL nem de qualquer maçom em particular. Parte do entendimento da necessidade e do que o veículo possa oferecer à obediência. Sendo assim, cumprido o que o orçamento permite, observando que, o negócio realizado com a troca foi um bom negócio para o GOB no aspecto financeiro. O carro é patrimônio da instituição. Poderá ou não estar na próxima lei de diretrizes orçamentárias a previsão de verba para sua troca. Entendo que caberá ao Grão-Mestre em gestão no melhor entendimento substituí-la por um carro que ele entenda melhor atender às suas necessidades e as necessidades do GOB.

3 – O mecanismo de suspensão preventiva existe para prevenir prejuízos processuais ou garantia de ordem, mas, no caso de calúnia, injúria e difamação, ela nada previne, pois não tira do acusado acesso às redes sociais, etc. Deixa, assim, de ter caráter “preventivo” para ter, exclusivamente, caráter “punitivo” antes de um julgamento de fato. Você concorda com a aplicação de suspensão preventiva nesses casos específicos, como nos casos de William Carvalho, de João Guilherme e de tantos outros? Por que?

GMG RicardoA suspensão de todo e qualquer maçom pelo Grão-Mestrado Geral, conforme o artigo 77 da constituição do GOB, só é realizada de acordo com o procedimento devidamente fundamentado pelo Ministério Público maçônico ou por recomendações do judiciário. O Grão-Mestrado Geral não promove nenhum ato de suspensão de qualquer um dos seus membros por iniciativa própria, sendo observado ao suspenso o mais amplo direito de defesa e do contraditório no tribunal competente. Em relação aos casos citados, todos os processos correm nos tribunais maçônicos e, não se tratando de segredo de justiça, é acessível a todo e qualquer maçom para que possa formar um juízo com total conceito e conhecimento dos fatos que originaram a aplicação do artigo 77.

 

Dizem que, para bom entendedor, meia palavra basta. Como ouso me considerar um bom entendedor, farei um resumo do que entendi ao interpretar as entrelinhas das respostas:

1 – É picuinha. A SAFL tem 30 dias para desistir da queda de braço ou dar uma boa desculpa, ou corre o risco de se arrepender depois.

2 – A compra da BMW pode não ter sido moral, mas foi legal. Não vou mexer nisso porque estou só de passagem. Vou deixar esse assunto pro próximo GMG resolver. Se ele quiser rodar de BMW ou de Uber, o problema será dele.

3 – Se o Ministério Público ou o Tribunal de Justiça maçônico recomenda, tem que meter a caneta e suspender mesmo. É o que farei se chegar alguma recomendação de suspensão preventiva pra mim.

 

Balanço final do Encontro Fraterno:

O Eminente Grão-Mestre do GODF, Irmão Lucas Galdeano, fez mais um gol de placa ao proporcionar ao seu povo maçônico do GODF a oportunidade de ter acesso direto e em primeira mão ao recém-empossado Grão-Mestre Geral do GOB, Irmão Ricardo de Carvalho, tirarem suas dúvidas e fazerem os questionamentos que consideravam pertinentes. Já o conteúdo das respostas dadas pelo Soberano Irmão Ricardo, apesar de revestidas da legalidade gobiana, de um discurso assimilável e postura extremamente segura, não agradou a maioria dos participantes, que nitidamente se despediram sem estarem “felizes e satisfeitos” com o que ouviram.

De toda forma, o Irmão Ricardo está agora sentado no Trono de Ferro desse Game of Thrones Gobiano, no qual reinos desejam sua independência e nobres reivindicam a coroa para si, entre batalhas e alianças que se intensificam com a chegada do Inverno. Espera-se que demonstre gestos de boa fé e tome boas decisões durante seu curto governo à frente desse Westeros maçônico com seus 27 Reinos.

Por que “Augusta e Respeitável Loja Simbólica”?

Por que “Augusta e Respeitável Loja Simbólica”?

Essa questão intriga muitos irmãos, principalmente aqueles que, ao viajarem para o exterior ou pesquisarem sobre a maçonaria em outros países, veem que esse não é um termo comumente utilizado fora do Brasil.

A origem desse termo é similar ao exposto no artigo “Palavrões aos Grão-Mestres”, quanto aos distintos axiônimos adotados para os Grão-Mestres no Brasil, em comparação ao restante do mundo. Trata-se de reflexo da nossa agitada história maçônica e das insistentes práticas irregulares que algumas obediências mantiveram por muitas décadas no país, em especial aquela prática infeliz do controle das obediências simbólicas sobre os altos graus dos ritos, que perdurou até, pelo menos, o início da segunda metade do século XX, a qual gerou a cisão de 1927, que deu origem às Grandes Lojas brasileiras, e que, até hoje, vem gerando conflitos no seio do Grande Oriente do Brasil.

Para ler o artigo na íntegra, clique aqui.

A Confederação Maçônica Interamericana quer saber sua opinião!

A Confederação Maçônica Interamericana quer saber sua opinião!

A CMI – Confederação Maçônica Interamericana quer saber sua opinião sobre a Maçonaria de hoje e as perspectivas para este século XXI.

A pesquisa foi demandada à Escola No Esquadro pela Secretaria Executiva da CMI, sob a liderança do Irmão Rudy Barbosa Levy, e contou com a colaboração do Irmão Rony Fernandes Pinto Junior, Grande Secretário de Relações Exteriores da Grande Loja Maçônica do Estado do RS, para seu desenvolvimento. Neste primeiro momento, o foco da pesquisa será o Brasil.

O questionário tem apenas 6 questões. Respondê-lo dura menos de 5 minutos e sua participação será anônima e confidencial.

Se você é um maçom regular do GOB, de uma Grande Loja da CMSB ou de um Grande Oriente da COMAB filiado à CMI, não deixe de responder a pesquisa e divulgá-la para seus contatos maçônicos. O questionário estará disponível até o dia 18 de março. Sua participação é muito importante!

Para acessar a pesquisa, CLIQUE AQUI.

 

Um breve olhar sobre as Lojas Acadêmicas

Um breve olhar sobre as Lojas Acadêmicas

As Lojas Acadêmicas ou Universitárias floresceram no Brasil a partir da segunda metade da década de 90, ganhando maior impulso nos primeiros anos deste século XXI, por incentivo do GOB, em busca de um rejuvenescimento de seu quadro. Mas, ao contrário do que muitos irmãos brasileiros imaginam, as Lojas Universitárias não são uma invenção recente, algum tipo de modismo, e nem exclusividade do GOB.

O Eminente Irmão Lucas Francisco Galdeano, autor do primeiro trabalho sério que tenho conhecimento sobre o assunto no Brasil, relata a existência de Lojas Universitárias na Inglaterra desde o Século XVIII e da presença das mesmas em diversos países anglófonos. Seu trabalho pode ser acessado clicando aqui.

Por sinal, a Grande Loja Unida da Inglaterra, após realizar uma série de estudos e pesquisas internas, tem, nos últimos anos, acendido o alarme da necessidade de renovação de seus quadros, e focado, principalmente, em um programa chamado “Programa Universidades”, que já existe há mais de 10 anos e possui até website próprio.

O objetivo geral dessas Lojas é fomentar o ingresso de jovens com intelecto e potencial na Maçonaria. Infelizmente, no Brasil, muitas Lojas foram fundadas como Universitárias para usufruir dos benefícios oferecidos a esse tipo de Loja, migrando para a classificação comum de Loja após um certo período de tempo. Outras mantém o status de Universitárias apenas no nome, não contando com um único estudante universitário em seu quadro. Essas ocorrências têm gerado certo preconceito em membros da ala mais conservadora da Ordem pelas Lojas Acadêmicas/Universitárias.

Além disso, o fato de, no Brasil, as Lojas Universitárias terem sido uma iniciativa do GOB, acabou restringindo suas fundações a esse âmbito. É o velho preconceito velado que temos na Maçonaria brasileira, que ninguém fala a respeito. Temos muitos exemplos disso, de ambos os lados… o Supremo Conselho do Grau 33 (Jacarepaguá) é chamado de Supremo Conselho “das Grandes Lojas”, mesmo aceitando membros do GOB e da COMAB. E a Ordem DeMolay sofre o mesmo preconceito no meio gobiano, pela mesma razão. Porém, acredito que esse preconceito velado vai diminuindo com a renovação da maçonaria brasileira, contando cada dia mais com uma massa maçônica mais esclarecida, que compreende que algumas iniciativas, programas e organizações são “suprapotências”.

No caso da Maçonaria da América do Norte, há alguns anos foi criado o Comitê de Renovação Maçônica do Canadá, Estados Unidos e México, cujo objetivo é exatamente a organização, divulgação e suporte de iniciativas para renovar a Maçonaria naquela região. E uma dessas iniciativas promovidas pela comissão é o Programa de Lojas Acadêmicas.

Uma das Grandes Lojas norte-americanas que tem abraçado essa ideia é a Grande Loja do Estado de New York, uma grande parceira do Brasil, que inclusive cedeu seus rituais do Rito de York para tradução e prática no território brasileiro, e estará realizando uma Convenção Internacional de ritualística ao final deste mês de janeiro, com tradução para várias línguas e com a participação das obediências de diversos países que trabalham com seu ritual, incluindo muitas brasileiras.

A Grande Loja do Estado de New York criou uma “Comissão pela Fraternidade no Campus”, presidida por ninguém menos do que Ted Harrison, Past Grande Sumo Sacerdote Internacional do Real Arco Internacional e grande entusiasta do Rito de York no Brasil. Sob a liderança do Ted, duas Lojas Acadêmicas estão sendo criadas em New York: a “Columbia”, para atender a comunidade da Columbia University; e a “Illumination” para a comunidade da City University of New York (CUNY).

Enquanto a Grande Loja Unida da Inglaterra, com seu Programa Universidades, já conta com 72 Lojas Acadêmicas, o Comitê de Renovação Maçônica da América do Norte tem começado a apresentar resultados recentemente, já contando com algumas em pleno funcionamento:

  • Loja “Harvard”, Cambridge MA
  • Loja “Boston University”, Boston MA
  • Loja “The Colonial” # 1821, George Washington University, DC
  • Loja “The Patriot” # 1957, George Mason University, Virginia
  • Loja “State College” # 770, North Carolina State University, NC
  • Loja “Terrapin” # 241, University of Maryland
  • Loja “A Águia” # 1893, American University, DC

Mas não precisamos esperar que nossa média de idade torne-se ainda mais geriátrica ou nossos números de membros despenquem, como nos EUA e na Inglaterra, para agirmos. Esperamos que todas as nossas obediências, sem exceção, atentem-se para a iminente necessidade de renovação dos quadros da maçonaria brasileira, desenvolvendo formas para que isso seja possível, fomentando o ingresso, especialmente, de Seniores DeMolays e universitários.

E O OSCAR VAI PARA… O OSCAR!

E O OSCAR VAI PARA… O OSCAR!

Não resisti ao trocadilho… Mas o prêmio vai mesmo para o Irmão Oscar Ortega, Grão-Mestre da Grande Loja da Espanha e Presidente da CMI – Confederação Maçônica Interamericana.

É isso aí. Se pela primeira vez na história da CMI, cujo “I”, observa-se, é de “Interamericana”, a mesma é presidida por um europeu, e isso não é à toa. Os maçons europeus latinos são tão latinos quanto nós e é por isso que, há anos, se alinham conosco junto à CMI. E a confiança concedida ao Irmão Oscar pela Maçonaria da América Latina, em especial pelos brasileiros, que somam quase a metade dos votos de toda a CMI, é justificada por sua postura, trabalho, dedicação e opiniões.

Graças à liderança do Irmão Cassiano Teixeira de Morais, Sereníssimo Grão-Mestre da GLMDF – Grande Loja Maçônica do Distrito Federal, no último final de semana, a GLMDF sediou uma série de eventos que reuniram e uniram personalidades maçônicas como Oscar, Presidente da CMI; Jordão, Secretário-Geral da CMSB; Gilberto, Presidente da COMAB; e vários Grão-Mestres de Grandes Lojas e Grandes Orientes.

Na programação, houve uma assembleia geral de encerramento dos trabalhos do ano da GLMDF, durante a noite de sexta, que contou com palestra do Irmão Oscar sobre a História da Maçonaria na Espanha; seguida no sábado pela manhã de uma visita das autoridades maçônicas estaduais, nacionais e internacionais à sede do SCODRFB – Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, e à sede da GLMDF; culminando de noite em um banquete ritualístico restrito a 81 convidados, no qual contou-se como prato principal uma paella valenciana preparada pelo próprio Irmão Oscar.

Sim, o Grão-Mestre da Espanha sentou-se com Grão-Mestres da COMAB, enquanto um certo Grão-Mestre aqui mesmo do Brasil não se senta… Sim, o Grão-Mestre da Espanha foi para a cozinha da GLMDF e fez uma paella para quase uma centena de pessoas… E sim, trollei o Grão-Mestre da Espanha ao tirar essa foto e fazer essa montagem, e ele riu pra caramba e não quis me expulsar. Como tudo isso é possível??? Ora, os mortais são assim! Não são deuses intocáveis do Olimpo!

Eu já havia visitado a Grande Loja da Espanha no início do ano, conhecido um pouco do trabalho do Irmão Oscar, e agora pude conversar bastante com ele sobre alguns assuntos maçônicos. Dentre eles, um interessante programa que a Grande Loja da Espanha participa, chamado “Uma noite no Museu”, no qual milhares de pessoas visitam as dependências da Grande Loja em uma noite específica, conhecendo seus templos, tirando dúvidas e matando suas curiosidades sobre a Ordem. Isso tem gerado resultados positivos significantes.

Segue alguns tópicos que resumem as opiniões emitidas pelo Irmão Oscar Ortega sobre outros assuntos durante o evento:

  • A Grande Loja Unida da Inglaterra não é dona da Maçonaria (vaticano maçônico).
  • A Maçonaria escocesa é, indiscutivelmente, mais antiga.
  • A Maçonaria brasileira é referência mundial, mas precisa se unir.
  • Uma das vantagens da Maçonaria brasileira é o envolvimento da família e a proximidade com a sociedade.
  • A Maçonaria está envelhecendo. Precisamos renovar nossos quadros.
  • A Ordem DeMolay é peça importante para o futuro da Maçonaria.

Ao longo dos últimos anos, o blog No Esquadro tem dito e repetido muitas dessas coisas. Mas, como o “complexo de vira-lata” ainda acomete alguns irmãos brasileiros, quem sabe com um europeu falando começam a escutar…