por admin | abr 20, 2012 | Rito Escocês
O livro “Moral e Dogma”, de Albert Pike, é, sem dúvida alguma, o livro maçônico mais conhecido dos maçons… e dos antimaçons! Muitos são os que acusam Pike de ser um satanista e derramam sobre a Maçonaria as mais severas acusações, com base em citações dessa obra. Mas será que existe realmente conteúdos no livro dedicados a Lúcifer, Satanás, o diabo? CLIQUE AQUI e veja um estudo analítico da obra que explora e desvenda de uma vez por todas essa polêmica questão.
por admin | abr 10, 2012 | Rito Escocês
Todo bom maçom já escutou ou leu que o Rito Escocês Antigo e Aceito, organizado nos EUA com seus 33 graus, teve origem no Rito de Perfeição, de origem francesa, o qual possuía 25 graus. Temos aí uma diferença de 08 graus. Mas quem nunca se perguntou quais seriam esses 08 graus?
Para desvendar esse mistério, apresentamos uma tabela comparativa entre os 25 Graus que formavam o Rito de Perfeição e os 33 Graus que formam o Rito Escocês:

Os graus que surgiram nos EUA e foram acrescentados entre os graus do Rito de Perfeição, formando o sistema do Rito Escocês, são os graus hoje numerados entre o 23 e o 27, e os graus 29, 31 e 33.
Observem também que, originalmente, o grau “Intendente dos Edifícios” precedia o grau “Preboste e Juiz”, o contrário do que se tem hoje. O mesmo ocorre entre o grau “Cavaleiro Prussiano”, que precedia o “Grande Patriarca” (atual “Mestre Ad-Vitam”), e que também foram invertidos no REAA.
Importante frisar que os nomes dos graus do REAA costumam sofrer muitas variações de um Supremo Conselho para outro.
por admin | maio 27, 2011 | Rito Escocês
Observe bem esses dois painéis e diga: qual deles é o painel de Aprendiz Maçom do REAA?
Se você for procurar em algum Ritual que tenha sido baseado no editado por Mário Behring em 1928, não se assuste. Você poderá se deparar com AMBOS os Painéis no MESMO Ritual. Isso mesmo: procure nas primeiras páginas do Ritual e você verá o 1° Painel, provavelmente com o título “Loja de Aprendiz”. Agora procure mais próximo ao final do Ritual, antes das Instruções. Lá provavelmente você verá o 2° Painel, com o título “Painel da Loja de Aprendiz”.
Então, qual é o Painel original do REAA? De onde saiu esse outro Painel?
O Painel original do REAA é o 1° Painel, onde se vê a Corda com nós, a tábua de delinear com uma cerquilha (jogo da velha) e um “X”, e as três janelas. Esses são claramente símbolos relacionados ao REAA.
Já o 2° Painel, onde se vê as três colunas e a Escada de Jacó, é original da Grande Loja Unida da Inglaterra. Trata-se do Painel de Aprendiz pintado por John Harris em 1825, o qual tem servido de base para inúmeras coleções de painéis utilizadas no âmbito daquela Grande Loja, inclusive em muitas Lojas trabalhando no Ritual de Emulação, apesar da Emulation Lodge, mãe de tal Ritual, utilizar outra versão dos painéis de John Harris, a versão de 1845.
Mas como esses Painéis do Ritual de Emulação foram parar dentro dos Rituais do REAA?
Quando da fundação das Grandes Lojas brasileiras, Mário Behring, à frente do Supremo Conselho do Grau 33 do REAA, necessitava fornecer os Rituais dos Graus Simbólicos para que as recém-criadas Grandes Lojas pudessem trabalhar. Os conhecimentos do Irmão Mário Behring não se restringiam ao REAA, tendo sido também um grande conhecedor do Rito de York, Rito Moderno e do Ritual de Emulação. Como uma forma de aproximar as Grandes Lojas brasileiras da Grande Loja Unida da Inglaterra e das Grandes Lojas Americanas, Mário Behring incluiu diversas características do Ritual de Emulação e do Rito de York aos seus rituais do REAA. Alguns dos “empréstimos” do Ritual de Emulação foram as Colunetas e o Jogo de Painéis.
O mais interessante é que o GOB sofreu essa influência e também passou a adotar os Painéis do Emulação nas Lojas do REAA, corrigindo isso depois de mais de 50 anos, com o resgate do painel antigo. Também por conta disso, alguns Grandes Orientes da COMAB também utilizam os Painéis do Emulação no REAA.
Sempre há uma discussão por parte dos Irmãos se as Grandes Lojas deveriam “corrigir” essa e outras modificações em seus Rituais. Porém, o entendimento majoritário é de que não foram enganos, erros, e sim modificações intencionais de Mário Behring, fundador das Grandes Lojas brasileiras. Tanto que a ilustração do Painel original foi mantida no Ritual. Os rituais editados em 1928 foram frutos da criação das Grandes Lojas, fazendo parte de suas histórias. Nesse ponto de vista, não há porque modificá-los.
por admin | mar 11, 2011 | Rito Escocês
É de conhecimento geral que a Maçonaria Americana serviu de inspiração e modelo para que Mário Behring criasse as Grandes Lojas Estaduais brasileiras e realizasse algumas adaptações nos rituais dos Graus Simbólicos do REAA praticado pelas mesmas, mas… e a Inglaterra, auto-intitulada berço da Maçonaria Especulativa? Nada nos “emprestou”?
Se o reconhecimento dos EUA estava garantido, não faria mal dar um passo adiante para um possível reconhecimento da Grande Loja Unida da Inglaterra. Talvez pensando nisso, pelo menos 04 características inglesas foram adotadas por Mário Behring:
Rosetas no Avental – como já foi registrado e comprovado, o avental original de Mestre do REAA era orlado de vermelho e com as letras “M” e “B” estampadas. Já o usado nos EUA pelos Mestres do Rito de York é orlado de Azul Royal com o “Olho que Tudo Vê” na abeta e o Esquadro e Compasso no centro do avental. O avental orlado de azul celeste com rosetas azuis é típico da Inglaterra, e de lá copiamos.
Cerimônia de Instalação – a Instalação tem seus primeiros registros na Inglaterra ainda no século XVIII, o que explica sua existência também no Rito de York. A cerimônia foi mantida após a fusão inglesa de 1813 e posteriormente “adotada” pelo REAA e por muitos outros Ritos.
Colunetas – Presentes no Ritual Emulação e em outros Rituais aprovados pela UGLE, as colunetas surgiram como uma feliz surpresa no ritual de Behring de 1929, ilustrando as Ordens Arquitetônicas nas Lojas brasileiras.
Painéis dos Graus – pintados por John Harris para a Loja Emulação de Aperfeiçoamento, da qual ele era membro, os painéis oficiais do Ritual Emulação também foram adotados pelas Grandes Lojas brasileiras e também pelo GOB, o qual retornou aos originais apenas na década de 80.
Apesar dos aparentes esforços de Mário Behring, a Grande Loja Unida da Inglaterra recusou-se inicialmente a reconhecer as Grandes Lojas brasileiras. Mas com o passar dos anos, ela já reconheceu 04 Grandes Lojas: GLESP, GLMERJ, GLMEES e GLMMS. E vem flertando com outras.
Parece que, se algumas adaptações ritualísticas não funcionaram, não há nada que um pouco de boa política não resolva.
por admin | mar 1, 2011 | Rito Escocês
Tenho recebido alguns questionamentos de Irmãos quanto a afirmação de que o avental do REAA usado no Brasil antes de 1927 era realmente VERMELHO, respeitando assim o “antigo costume” e a decisão do Congresso de Lausanne.
Para não restar dúvidas, apresento imagem de obra de Assis Carvalho, “Ritos & Rituais”, que replica o ritual do “Grande Oriente Brazileiro” datado de 1834 (antes mesmo do Congresso de Lausanne), tipografia e impressão da lendária “Seignot-Plancher”.
O nome do ritual era “Guia dos Maçons Escossezes ou Reguladores dos Tres Gráos Symbolicos”.
Legenda: “Gráo 3º – Fita azul orlada de escarlate a tiracollo da esquerda para a direita, suspensa em baixo a joia, que é um esquadro e um compasso de ouro entrelaçados: a joia póde ser cravejada de pedras. Avental branco de pelle forrado e orlado de escarlate, com uma algibeira abaixo da abêta, sobre a qual estão bordadas as letras M.´. B.´.“
Apenas para reforçar, conforme o dicionário, “Escarlate” é: cor vermelha muito viva.
É importante esclarecer que esta não é uma afirmação que alguma obediência utiliza o avental “errado”. Seria um juízo de valor considerar que a mudança para o avental azul foi certa ou errada, justificada ou não, e o objetivo definitivamente não é esse. A intenção aqui é o resgate histórico, é a compreensão dos fatos, a elucidação dos temas.
por admin | fev 28, 2011 | Rito Escocês
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James VI e I |
James VI era rei da escócia em 1601 quando, com 35 anos de idade, foi iniciado na maçonaria escocesa, na Loja “Perth and Scone”. É o 1º imperador que se tem notícia da iniciação na Maçonaria. Dois anos após sua iniciação, ele assumiu também o trono da Inglaterra e Irlanda, passando a ser para esses “James I”, (por isso muitas vezes mencionado como James VI&I), e iniciando assim a era “stuartista”. A partir daí, todos os homens da família e nobres de sua corte tradicionalmente ingressavam na Maçonaria.
Em 1715, os Stuarts foram exilados na França, mais precisamente em Bar le Duc. Nesse mesmo ano, James Radclyffe, Conde e melhor amigo do pretendente ao trono, James III, “The Old Pretender”, acompanhado de seu irmão Charles Radclyffe, ambos fiéis declarados à causa Stuart, retornaram à Escócia para participarem de uma rebelião. A rebelião fracassou e ambos foram presos, sendo que o Conde James Radclyffe foi executado e Charles Radclyffe conseguiu fugir e retornar à França.
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Charles Radclyffe |
Dez anos depois, Charles Radclyffe, então secretário do Príncipe Charles Edward Stuart, conhecido como “The Young Pretender”, na França, e atendendo o desejo do príncipe e de sua corte, funda a 1ª Loja Maçônica “escocesa” em território francês. Através de sua liderança, as Lojas conhecidas como “escocesas” rapidamente se proliferam na França.
20 anos depois, em 1745, apoiando uma frustrada tentativa dos Stuarts de retomada do trono da Inglaterra, o Conde Charles Raclyffe é capturado e executado em Londres. Porém, sua iniciativa maçônica foi o embrião do que hoje conhecemos como Rito Escocês Antigo e Aceito.
Guarde esse nome, Charles Radclyffe, o verdadeiro precursor do que, em 1801, se tornaria o Rito Escocês Antigo e Aceito.