O INICIADO

De olhos fechados adentrei ao seu interior
Respondi questões sobre aquilo que creio
Entreguei-me às viagens e provas difíceis
E na confiança do meu guia segui sem receio

Meu peito sentiu o frio da lâmina
Minhas mãos a maciez da água
Meus pés o desespero da queda
E minha boca a bebida amarga

E apesar do fogo queimar minha pele
E dos obstáculos surgidos em meu caminho
Apesar da escuridão em que me encontrava
Eu sabia que Deus ali estava comigo

Com determinação segui em frente
Ajoelhado, prestei meu solene juramento
Então a desejada Luz me foi concedida
E agora essas Colunas eu também sustento

Me alimento de seus ensinamentos
E através deles me oriento
Ó justa e perfeita Maçonaria
Minha rosa-dos-ventos.


Kennyo Ismail

CREDORA DA SOCIEDADE

Viúva do segredo e inimiga dos vícios
Um exército da paz sob teu comando luta sem balas
Ela não ataca ninguém, senão os desvios da alma
Sublime, busca incutir nos justos sua doce palavra.

Irmã mais velha da Liberdade, ali sempre estava ela
Defendendo a caçula com o amor de suas ideias
Respirando o ar das tristes mazelas
Mas superando os séculos com aparadas arestas.

Democracia, agradeça a ela por tudo
Pois corajosa, ela igualou reis a vassalos
E deixou com que esses escolhessem seus iguais
Sem olhar nomes e bens materiais.

Essa viúva, irmã, amiga, guerreira
Também é mãe, nos dando a Luz
Que nos tirou da ignorante cegueira
Obrigado, Maçonaria Brasileira.

Kennyo Ismail