por admin | ago 10, 2016 | Maçonaria no mundo
Em outubro de 2012, publiquei o artigo “Um panorama da Maçonaria no mundo”, com base nos dados de 2011 da Maçonaria regular reconhecida internacionalmente, publicados em 2012 no List of Lodges. O artigo, replicado em diversos meios maçônicos e utilizado como referência em outros artigos e também palestras realizadas por inúmeros maçons, colaborou para que melhor compreendêssemos a Ordem maçônica em âmbito mundial, com dados mais próximos da realidade, enterrando de vez os números cabalísticos que eram apresentados em algumas publicações, que afirmavam a existência de mais de 3 milhões (em alguns casos, mais de 6 milhões) de maçons no mundo.
Muitos foram os pedidos para que esse estudo fosse atualizado, os quais tenho a oportunidade de atender agora com um importante acréscimo: apesar do trabalho dobrado, realizo aqui um panorama comparativo, no qual comparo os dados do List of Lodges 2011, cujos números são referentes a 2010, com os dados de 2016, cujos números são de 2015. Dessa forma, poderemos ver a evolução (ou involução) da Ordem nos últimos 05 anos.
PARA LER O ARTIGO, ACESSE O SEGUINTE LINK:
https://www.noesquadro.com.br/wp-content/uploads/2019/02/UM-PANORAMA-COMPARATIVO-DA-MA%C3%87ONARIA-NO-MUNDO-Kennyo-Ismail.pdf
por admin | out 16, 2012 | Maçonaria no mundo
Quer saber detalhes da Maçonaria nos cinco continentes? Ver o ranking dos países com maior quantidade de Lojas e membros? Saber a posição que o Brasil ocupa entre os demais países? Então acesse:
por admin | maio 11, 2012 | Maçonaria no mundo
Durante o século XIX e primeira década do século XX, a Maçonaria na Turquia se resumia em Lojas funcionando sob a autoridade das Grandes Lojas da Inglaterra, Irlanda e Escócia e do Grande Oriente de França. Houveram também esforços isolados de Lojas italianas e gregas naquele país, mas com pouca expressividade.
A Maçonaria era o elo que ligava os 05 fundadores do famoso partido político “União e Progresso” na Turquia. Apesar de não ser necessária filiação maçônica para se tornar um membro do Partido, todos os seus dirigentes era maçons, assim como os oficiais do exército que esse partido formou na Trácia para derrubar a monarquia turca. Interessante observar que, na história turca, o período de 1908 a 1918 é comumente chamado de “Estado Maçônico”, pelas relações exteriores da Turquia ter sido predominantemente realizada por intermédio das Obediências Maçônicas.
O Supremo Conselho do REAA da Turquia, até então adormecido, foi reativado em Março de 1909, emitindo Cartas Constitutivas para a criação de 04 Lojas turcas. Lojas ligadas às Obediências da Itália, França, Espanha e Egito se uniram a essas 04 Lojas turcas e fundaram, em Julho de 1909, a Grande Loja da Turquia, a qual foi consagrada pelo Supremo Conselho. Esse fato merece um adendo:
Alguns poucos maçons no Brasil ainda teimam em querer condenar a “regularidade de origem” das Grandes Lojas Estaduais brasileiras pelo fato das primeiras Cartas Constitutivas terem sido concedidas pelo Supremo Conselho do Grau 33o, que não é um Corpo da Maçonaria Simbólica, em 1927. Mas outras Grandes Lojas espalhadas pelo mundo também tiveram suas origens em um Supremo Conselho, como foi o caso da Grande Loja da Turquia.
Voltando ao assunto, nesses mais de 100 anos de existência, a Grande Loja da Turquia teve e tem em seus quadros os mais importantes políticos e líderes de diferentes setores daquele país, tendo participado ativamente da democratização e colaborado imensamente nas relações internacionais da Turquia. Atualmente, a Grande Loja da Turquia conta com mais de 200 Lojas e de 30 mil membros, possui uma Loja de Pesquisas com um periódico trimestral e publica uma revista de notícias bimestral.
Uma peculiaridade da Grande Loja da Turquia é a adoção do Ritual Turco, exclusivo da Grande Loja da Turquia e obrigatório em todas as suas jurisdicionadas, inclusive aquelas que trabalham em outras línguas. É um ritual baseado no Ritual Standard da Escócia, e nos Ritos Moderno e Schroeder. O Ritual Turco exige a presença em Loja do Alcorão, e do Antigo e Velho Testamentos. O traje solicitado é terno escuro e gravata preta, e há um interstício de no mínimo 01 ano entre um grau e outro, além da exigência de apresentação de trabalho para a concessão do grau. Enfim, algumas similaridades com as práticas maçônicas brasileiras.
por admin | ago 4, 2011 | Maçonaria no mundo
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Bandeira da República da China (Taiwan) |
Existe maçonaria na China? Mais ou menos… depende de qual China! Existe a Grande Loja da China, mas não é da gigante China Comunista, a “República Popular da China”, e sim da pequena e capitalista Taiwan, cujo nome oficial é “República da China”.
A história entre esses dois países é complexa. Por muito tempo foram um único país, depois a “pequena China” foi considerada exílio da República da China, representando a China na ONU por anos e sendo chamada de a “China livre”, em detrimento da “grande China”, que havia se tornado comunista. Mas em 1971 a “grande China” passou a ocupar o acento na ONU e Taiwan perdeu o reconhecimento. Atualmente, as opiniões em Taiwan se dividem entre declarar independência ou unificar com a China comunista.
Nesse cenário temos a Grande Loja da China, criada na China continental em 1949 e que, quando do governo comunista em 1951, se viu obrigada a se mudar para Hong-Kong e depois em 1955 para Taiwan.
Atualmente a Grande Loja da China conta com 10 Lojas, as quais trabalham no Rito de York (americano, monitor de Webb) e os Mestres de Taiwan têm a opção de seguir os estudos no REAA, que conta com uma Grande Inspetoria composta de Loja de Perfeição, Capítulo Rosa-Cruz, Conselho Kadosh e Consistório; ou no Rito de York, que conta com 02 Capítulos de Maçons do Real Arco, Conselho Críptico e Comanderia Templária. Há ainda um Santuário de Shriners no país.
A Grande Loja da China tem tratados de reconhecimento com a Grande Loja Unida da Inglaterra, as Grandes Lojas Americanas e brasileiras, e as demais principais obediências maçônicas do mundo.
por admin | maio 3, 2011 | Maçonaria no mundo
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Sede da Grande Loja de Cuba |
Muitos são os rumores e curiosidades sobre a Maçonaria Cubana, visto o sistema peculiar que a ilha caribenha se submete nos últimos 50 anos. A verdade é que, historicamente, quando países são submetidos a governos opressores, a Maçonaria costuma ser uma das primeiras instituições a sofrer conseqüências. Sim, como Mãe da Liberdade, eterna Defensora da Democracia, não pode se esperar algo diferente. Então, como a Grande Loja de Cuba sobreviveu nesses 50 anos? Como ela funciona? A Maçonaria em Cuba está morrendo?
Ao contrário do que muitos podem pensar, a Grande Loja de Cuba, com seus mais de 150 anos de história, é uma Obediência forte e em crescimento. Cuba possui uma população de um pouco mais de 11 milhões de habitantes, menor do que a cidade de São Paulo. Já os números maçônicos são surpreendentes: mais de 29 mil maçons divididos em 316 Lojas. Para se ter uma ideia, a GLESP – Grande Loja do Estado de São Paulo, maior Obediência Estadual do Brasil, possui menos de 21 mil membros.
A Grande Loja de Cuba possui nada menos do que 170 tratados de reconhecimento que incluem: a Grande Loja Unida da Inglaterra, as 27 Grandes Lojas Estaduais Brasileiras e o Grande Oriente do Brasil, 47 Grandes Lojas Estaduais Norte-americanas. Não apenas reconhecida, mas também sempre atuante, a Grande Loja de Cuba foi uma das fundadoras da CMI – Confederação Maçônica Interamericana, tendo sediado um de seus importantes Congressos.
No campo histórico, a Maçonaria Cubana participou ativamente de todos os momentos importantes da história da ilha, desde a Independência até a Revolução. E toda essa história fica à disposição na Biblioteca Maçônica de Cuba (pública, fundada em 1893, com mais de 45.000 livros) e no Museu Maçônico, ambos localizados na sede da Grande Loja de Cuba: um prédio de 10 andares localizado na Avenida Allende, no centro de Havana.
Outro erro que se pode cometer é achar que a Maçonaria Cubana é privada da capacidade de Caridade, visto a aparente situação precária que a mídia apresenta da sociedade cubana. Na verdade, a Grande Loja de Cuba mantém um asilo para mais de 90 famílias, contando para isso com o apoio de suas Lojas jurisdicionadas.
Na verdade, as dificuldades enfrentadas pelas Lojas cubanas são as mesmas enfrentadas pela população cubana, geralmente relacionadas a reformas e construção civil. Cuba apresenta uma produção insuficiente de materiais e equipamentos e o setor é controlado pelo Estado através do MICONS – Ministério da Construção, o que resulta em templos não tão belos e conservados como se deseja. Apesar disso, o que temos é um exemplo claro de que a Fraternidade pode superar as dificuldades e obstáculos apresentados e fazer Maçonaria de verdade. Basta força de vontade.
por admin | abr 18, 2011 | Maçonaria no mundo
A Grande Loja do Estado de Israel foi instalada em 20/10/1953, em Jerusalém. Porém, sua sede fica em Tel Aviv. A 1ª Loja na região foi a Loja Rei Salomão n°293, filiada à Grande Loja do Canadá, e teve sua primeira reunião realizada nas chamadas pedreiras do Rei Salomão no dia 07/05/1873. Cinco anos antes havia ocorrido uma reunião no mesmo local, porém sem existir uma Loja regularmente constituída. Posteriormente a isso, houve outras Lojas na região, filiadas a extinta Grande Loja Nacional da Palestina.
O atual Grão-Mestre da Grande Loja do Estado de Israel é o Irmão Nadim Mansour, cidadão de origem árabe. Sua presença como Grão-Mestre demonstra que não somente a paz, mas também a Fraternidade pode reinar entre árabes e judeus, como bem ocorre naquela Grande Loja.
A Grande Loja do Estado de Israel possui 55 Lojas Simbólicas ativas, as quais em sua maioria trabalham no Rito de York (Monitor de Webb, americano). As Lojas se reúnem nas línguas: hebraico, romeno, francês, espanhol, turco, inglês, russo, alemão e árabe.
A prova maior do compromisso dessa Grande Loja com os princípios de “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” pode ser vista no Selo da mesma: a Cruz, a Lua Quarto-crescente e a Estrela de Davi estão juntas, simbolizando o Cristianismo, o Islamismo e o Judaísmo; selo esse herdado da Grande Loja Nacional Palestina, existente até a guerra de 1948. Da mesma forma, a Bíblia, o Alcorão e a Torah estão no Altar das Lojas, comprovando que todos os Irmãos, independente da fé professada, estão imbuídos do objetivo de trabalhar pela felicidade da humanidade.