por admin | mar 13, 2012 | História
Imagine só:
“O Rito Escocês e o Rito de York estão participando de um Seminário Maçônico no Brasil. Após o término do primeiro dia do seminário, eles combinam um happy hour em um bar tradicional do Rio de Janeiro…”
Quer saber o restante dessa história??? CLIQUE AQUI e saiba tudo sobre esse encontro histórico e descontraído dos dois maiores ritos maçônicos do mundo.
por admin | mar 7, 2012 | História
Como a Maçonaria Operativa sucumbiu diante da Maçonaria Especulativa
Diversos historiadores maçons se dedicaram a contar e recontar a história do surgimento da Maçonaria Especulativa como conhecemos hoje. As versões são geralmente bastante similares entre si e, pelo conteúdo, se parecem com as histórias contadas para crianças antes de dormir:
“Era uma vez, há muito tempo atrás, os maçons operativos, que construíam castelos e catedrais. Eles começaram a aceitar nobres, burgueses e intelectuais na Maçonaria, chamados de “Aceitos” ou “Especulativos”. Esses se apaixonaram pela Maçonaria e trouxeram outros nobres, burgueses e intelectuais. Em pouco tempo, eles se tornaram maioria. E com o passar dos anos, a Maçonaria foi se aprofundando nos aspectos filosóficos e intelectuais, até que não se via mais maçons operativos na Maçonaria. E os maçons especulativos viveram felizes para sempre.”
Parece uma ótima história para explicar ao seu filho de cinco anos de idade o motivo de você ser um “pedreiro-livre” e não construir casas. Mas, definitivamente, não serve como História da Maçonaria, em pleno século XXI, a ser ensinada ao novo maçom de hoje, que possui nível superior e um mínimo de senso lógico e crítico.
Não se pode contar a história da Maçonaria e de sua transição de Operativa para Especulativa sem considerar o contexto histórico e os aspectos socioeconômicos da época. A extinção da Maçonaria Operativa não se deveu por um simples processo de evolução interna dentro da Maçonaria, que teria então evoluído para Especulativa. Não foi um movimento interno, impulsionado pelos membros “aceitos”, que assumiram a liderança da instituição e promoveram seu desenvolvimento por uma via mais intelectual e elitista. Na verdade, foi um movimento estritamente externo e incontrolável pela Maçonaria. Para se compreender o fenômeno, deve-se, antes de tudo, contextualizá-lo:
A Maçonaria, sendo antiga e ocidental, teve logicamente origem no Velho Mundo: a Europa. Documentos históricos como a “Carta de Bolonha” (Século XIII), o “Poema Regius” (Século XIV), os Manuscritos de “Cooke” e “Estrasburgo” (Século XV) e alguns outros confirmam essa teoria, apresentando a Maçonaria Operativa, com suas cerimônias e Antigos Costumes, antes mesmo do descobrimento do Novo Mundo. Assim sendo, nada mais natural do que as primeiras Grandes Lojas terem surgido na Europa, nas primeiras décadas do Século XVIII.
O documento mais antigo citado, a “Carta de Bolonha”, evidencia que, já no século XIII, maçons especulativos conviviam com os operativos. Quando do surgimento da primeira Grande Loja, na Inglaterra de 1717, é sabido que, das quatro Lojas fundadoras, três eram compostas predominantemente por maçons operativos. Há inúmeros relatos e documentos que indicam que, durante quase todo o século XVIII, Lojas Operativas conviveram com Lojas Especulativas em boa parte da Europa. Isso significa que, por pelo menos 500 anos, meio milênio, os maçons operativos conviveram com os especulativos, sendo os operativos maioria. Afinal, o que então aconteceu com os maçons operativos? Por que eles desapareceram da Maçonaria no final do século XVIII?
O que exterminou a Maçonaria Operativa não foi a Especulativa, nem mesmo um processo de evolução cultural. O que pôs fim à Maçonaria Operativa foi… a Revolução Industrial. A mudança no processo produtivo, originada pelas invenções de máquinas e impulsionada pelo surgimento das indústrias, pôs fim à era de produção manual baseada nas guildas. O trabalho estritamente manual foi substituído pelo trabalho de controle de máquinas. A iniciativa inglesa rapidamente se espalhou pela Europa, promovendo um êxodo rural e o abandono dos ofícios artesanais e manuais para atender a demanda por mão-de-obra industrial. Ao fim do século XVIII, o maçom operativo não teve outra escolha a não ser se tornar operário fabril e trabalhar uma média de 80 horas por semana.
Muitos dos países europeus, preocupados em consolidar o novo modelo econômico, chegaram a adotar leis proibindo a Maçonaria Operativa. Esse foi o caso do famoso Ministro Turgot, da França, que determinou que:
“Proibimos todos os mestres e companheiros, operários e aprendizes do direito de formar associações, ou mesmo assembléias entre eles, sob qualquer pretexto. Em conseqüência, suprimimos todas as confrarias que possam ter sido estabelecidas tanto pelos mestres dos corpos e comunidades, como pelos companheiros e operários, das artes e ofícios”.
Fonte: Recueil Général des Anciennes Lois Françaises. 1774-1776.
Leis como essa foram o tiro de misericórdia para as poucas Lojas Operativas que ainda tentavam sobreviver aos primeiros anos da Revolução Industrial. Dessa forma, a Maçonaria Operativa desapareceu de vez, ficando a Maçonaria Especulativa como única e legítima herdeira de sua essência, responsável por preservar e passar adiante seus ensinamentos.
Essa é a história real. Sem contos de fadas.
por admin | fev 7, 2012 | História
Da luz que de si difunde
Sagrada Filosofia
Surgiu no mundo assombrado
A pura Maçonaria
A Idade Média é considerada a “idade das trevas”, os “mil anos de escuridão”, pois a Igreja Católica impedia a evolução da ciência e controlava a educação, promovendo a submissão da razão em nome da fé. Após o fim da Idade Média, tem-se a Idade Moderna, na qual surgiram o Iluminismo e a Maçonaria. A Maçonaria é considerada, junto de outras instituições, a responsável pela difusão do ideal de livre busca da verdade.
Maçons, alerta! ]
Tendes firmeza ] Refrão
Vingais direitos ]
Da natureza ]
Os “direitos da natureza” são os direitos naturais, defendidos pelos jusnaturalistas. Trata-se dos direitos considerados próprios do ser humano, independente de época e lugar. Entre esses direitos, destaca-se os direitos a vida, a liberdade, a resistência à opressão, e a busca da felicidade. Esses direitos foram, em outras épocas, tomados do homem através da tirania e do fanatismo. E cada maçom deve defendê-los.
Da razão parto sublime
Sacros cultos merecia
Altos heróis adoraram
A pura Maçonaria
A alegoria da caverna, de Platão, mostra o homem cego e acorrentado pelas amarras da ignorância, e ensina que a descoberta do mundo deve se dar de forma gradativa. O homem ao sair da caverna sofre como um recém-nascido quando do parto, mas ambos ganham um mundo novo. Após os anos de “mundo assombrado”, a humanidade assiste o nascimento da Maçonaria, uma Ordem cujos ritos cultuam a razão, retirando homens da caverna da ignorância e dando-lhes a luz de uma nova vida. Talvez por isso da Maçonaria ser berço de tantos heróis e libertadores.
(Refrão)
Da razão suntuoso Templo
Um grande Rei erigia
Foi então instituída
A pura Maçonaria
O grande Rei erigindo um suntuoso Templo da razão é o Rei Salomão, tido como possuidor de toda a sabedoria. E é da construção de seu templo que alegoricamente foi instituída a Maçonaria, visto ter na lenda dessa construção o terreno fértil para a transmissão de muitos de seus ensinamentos.
(Refrão)
Nobres inventos não morrem
Vencem do tempo a porfia
Há de séculos afrontar
A pura Maçonaria
“Porfia” significa “disputa”. Apenas as ideias nobres vencem a disputa contra o tempo. A Maçonaria, por sua nobreza de ideais, tem sobrevivido ao passar dos séculos, ao contrário de muitas outras instituições que sucumbiram diante do tempo, sempre implacável.
(Refrão)
Humanos sacros direitos
Que calcara a tirania
Vai ufana restaurando
A pura Maçonaria
“Calcar” significa “pisotear”, “esmagar”, enquanto que “ufana” significa “orgulhosa”, “triunfante”. Em outras palavras, a estrofe diz que: a pura Maçonaria vai triunfante restaurando os sagrados direitos humanos que foram pisoteados pela tirania.
(Refrão)
Da luz depósito augusto
Recatando a hipocrisia
Guarda em si com o zelo santo
A pura Maçonaria
A Maçonaria guarda em si, com o devido cuidado, a luz da razão. Em seu interior, a hipocrisia vai sendo “recatada” (envergonhada), enquanto que a verdade é exaltada. A razão, duas vezes citada no hino, está diretamente ligada à verdade, esta o oposto da hipocrisia, pois não existe razão sem verdade, assim como a verdade só é encontrada com a razão.
(Refrão)
Cautelosa esconde e nega
À profana gente ímpia
Seus Mistérios majestosos
A pura Maçonaria
A Maçonaria mantém seu caráter sigiloso e grupo seleto em proteção de seus augustos mistérios, para que aquelas pessoas ofensivas ao que é digno não possam alcançá-los.
(Refrão)
Do mundo o Grande Arquiteto
Que o mesmo mundo alumia
Propício, protege e ampara
A pura Maçonaria
E por fim, a Maçonaria é posta como instituição sagrada, da qual o próprio Grande Arquiteto do Universo é favorável, e por isso a protege.
(Refrão)
COMENTÁRIOS FINAIS:
Questão interessante sobre esse Hino, que recebeu o nome genérico de “Hino da Maçonaria” por não ter sido originalmente nomeado, é quanto a sua autoria. Várias fontes maçônicas o colocam como sendo letra e música de D. Pedro I. Não há documento algum que corrobore com essa teoria. Outras tantas fontes, inclusive o GOB, apontam o autor como sendo Otaviano Bastos, o que é impossível. O próprio Otaviano escreveu em sua obra “Pequena Enciclopédia Maçônica” que a música é de D. Pedro I, mas a letra é de autor desconhecido.
Há ainda outra questão relacionada ao hino e que merece atenção. Alguns escritores que se propuseram a interpretar o hino, ao se depararem com o termo “recatando a hipocrisia”, não compreendendo seu real significado, cometeram o gravíssimo erro de modificar a letra do hino para “recatada da hipocrisia”, de forma que o hino pudesse se encaixar devidamente aos seus entendimentos, em vez do contrário. Ora, imagine modificar a letra de um hino musicado por D. Pedro I, cujo valor histórico e maçônico é incalculável, para se alcançar a interpretação desejada… é o que podemos chamar de “estupro da história”.
CONSULTAS:
GUIMARÃES, José Maurício: Dissecando o Hino da Maçonaria. Portal “Formadores de Opinião” e Portal “Samaúma”.
RIBEIRO, João Guilherme da C.: O Livro dos Dias 2012. 16a Edição. Infinity.
RUP, Rodolfo: O Hino Maçônico Brasileiro. Portal Maçônico “Samaúma”.
por admin | jan 25, 2012 | História
Quantas Ordens Rosa-Cruzes você conhece? Segue link para um interessante estudo sobre as origens e relações entre as diversas Ordens que seguem a Tradição Rosa-Cruz. E ao final, há um anexo com a genealogia dessas Ordens.
O estudo permite compreender cinco vertentes rosa-cruzes, influenciadas por diferentes doutrinas, além da relação entre muitos de seus fundadores.
por admin | dez 24, 2011 | História
Recordando um texto do ano passado sobre o Natal:

Não. Simplesmente não se sabe a data em que Jesus nasceu. Não há essa informação na bíblia. A data de 25 de dezembro foi escolhida muitos anos depois, por decreto.
Até o século IV não existia o costume de celebrar o nascimento de Jesus. A comemoração e a data surgiram de um decreto do Papa Júlio I, no ano 354, como forma de facilitar a conversão daqueles que profetizavam crenças mais antigas.
O dia 25 de dezembro nada mais é do que o Solstício de Inverno. Era costume de vários povos realizar grandes festas nesse dia. Os Celtas celebravam no dia 25 de dezembro, se preparando para o difícil inverno que iriam enfrentar. Os antigos Romanos homenageavam nessa data o deus Saturno, deus da agricultura, pois durante o inverno eles deixavam a terra descansar. Já o imperador Aureliano proclamou o dia 25 de dezembro como o “Dia do Nascimento do Sol Invencível”, dia no qual o nascimento do deus Sol era comemorado. Tratava-se do deus persa Mitra, muito venerado na região de Roma.
A decisão do referido Papa foi de “cristianizar” as comemorações da data, igualando Jesus ao venerado deus Sol, de forma a facilitar a conversão daqueles chamados “pagãos”, já que as comemorações já faziam parte dos costumes dos povos, principalmente do povo de Roma, onde a própria Igreja estava sediada.
Então que dia Jesus nasceu? Essa é uma pergunta difícil de se responder, porém, pode-se afirmar que não foi em Dezembro.
Conforme o Evangelho de Lucas, quando Jesus nasceu, haviam pastores à noite no campo, com seus rebanhos. Isso seria impossível em dezembro, que é uma época de frio intenso na região de Belém, e que os pastores costumavam abrigar seus rebanhos para que não morressem de frio. Assim como nesse período seria impossível, por causa das baixas temperaturas, realizar um parto em um estábulo, ou mesmo em uma cabana, conforme algumas traduções. O mais provável é, na situação comentada pelo Evangelho, Jesus tenha nascido entre os meses de Março e Outubro, ou seja, fora do período de Inverno.
por admin | nov 28, 2011 | História
Infelizmente, história contada é história modificada. Isso porque a história é contada pelos sobreviventes e, via de regra, romanceada. E os maçons brasileiros, seres humanos como quaisquer outros, não fizeram diferente. Mas o compromisso maçônico da busca irrestrita e incessante da verdade faz com que alguns fatos, geralmente “esquecidos”, devam ser divulgados para que, pelo menos na Maçonaria, conheça-se a história real.
A história que quase todos os historiadores maçons contam é sempre a mesma e é mais ou menos assim: Em 1815, nove maçons fundaram Rio de Janeiro a Loja “Comércio e Artes”, a Loja Primaz do Brasil. Então, depois de alguns anos, em 1822, a Loja já contava com 94 membros, então resolveram dividir a Loja em três e fundar o Grande Oriente Brasileiro, primeira Obediência Maçônica no Brasil.
Na verdade, a Maçonaria brasileira não nasceu no Rio de Janeiro e nem tampouco lá foi o berço da primeira Obediência Maçônica. E, evidentemente, a Loja “Comércio e Artes” nunca foi a “Loja Primaz” do Brasil. Na verdade não foi nem a décima, quanto mais a primeira.
Apesar dos esforços de muitos autores maçons em negar isso, o pioneirismo maçônico brasileiro nasceu no Nordeste, mais precisamente na Bahia. A primeira cidade do Brasil também foi berço da primeira Loja Maçônica: “Cavaleiros da Luz”, fundada em 1797. Nada mais justo. Se quase tudo no Brasil começou lá, por que na Maçonaria seria diferente? O historiador e maçom Borges de Barros, que foi diretor do Arquivo Público da Bahia e relatou pela primeira vez a existência dessa Loja, ainda deu conta de que a Loja “Cavaleiros da Luz” foi a chama principal da Conjuração Baiana. Nada mal para os nossos pioneiros!
Mesmo com a dissolução dessa primeira Loja, com o passar dos anos a Maçonaria foi se desenvolvendo no fértil solo baiano: em 1802 surgiu a Loja “Virtude e Razão” que, depois de breve tempo adormecida, foi reerguida com o nome “Virtude e Razão Restaurada”, na mesma época em que, também de seu espólio, surgiu a Loja “Humanidade”. Ainda no Nordeste, não demorou para que a luz maçônica iluminasse, por influência da Bahia, o Estado de Pernambuco.
Sobre Pernambuco, é necessário aqui um comentário à parte:
Apesar de muitos escritores maçons assim desejarem, a “Areópago de Itambé” não era uma Loja Maçônica. No século XVIII existiam centenas de instituições criadas aos moldes da Maçonaria, usando símbolos iguais e similares, e até dividindo os graus em Aprendiz, Companheiro e Mestre como na Maçonaria. Era uma verdadeira “coqueluche” de Ordens, Clubes e Associações, e era muito comum os homens livres serem membros de duas ou mais dessas diferentes instituições, até mesmo no Brasil. Um exemplo disso é o “Apostolado”, da qual José Bonifácio, Gonçalves Ledo e D. Pedro I também faziam parte. Ser inspirada na Maçonaria não é o mesmo do que ser Loja Maçônica.
Em 1809, atendendo às inúmeras Lojas que já existiam, foi fundado em Salvador o “Governo Supremo” ou simplesmente “Grande Oriente”, a PRIMEIRA Obediência Maçônica brasileira. Não era um “Grande Oriente da Bahia”, como os poucos historiadores maçons que o citam costumam se referir, pois era composto de, pelo menos, 09 Lojas: 03 na Bahia, 04 em Pernambuco e 02 no Rio de Janeiro. Maçons portugueses e brasileiros, muitos deles iniciados na França e Portugal, eram membros dessas Lojas. Tudo isso 06 anos antes da fundação da “Comércio e Artes” e 13 anos antes do GOB. Pernambuco, por contar com maior número de Lojas, ganhou em 1816 uma Grande Loja Provincial filiada ao “Governo Supremo”.
Interessante observar que mais uma vez a Maçonaria se fez presente na história: um dos responsáveis pela formação do Governo Supremo e tido como primeiro Grão-Mestre da Grande Loja Provincial de Pernambuco, Antônio Carlos de Andrada, foi o líder da Revolução Pernambucana, em 1817. Prova maior do papel decisório da Maçonaria no movimento é a lei régia de 1818 proibindo sociedades secretas no Brasil.
Antes que alguém tente justificar a constante omissão de tais fatos nas “versões oficiais” da Maçonaria brasileira por conta dessas Lojas e Obediência não terem sido regulares, é importante observar que a Loja “União”, fundada em 1800 no Rio de Janeiro e sempre presente nas versões históricas, também era irregular. Somente após a adesão de algumas autoridades públicas, ela foi “refundada”, aparentemente de forma regular, e teve seu nome modificado para Loja “Reunião”. Até mesmo a histórica Loja “Comércio e Artes” foi fundada sem Carta Constitutiva em 1815 e trabalhou de forma irregular até 1818, quando foi fechada. Somente quando de seu reerguimento, em 1821, a “Comércio e Artes” se filiou ao Grande Oriente Lusitano.
Isso só nos mostra que a história da Maçonaria no Brasil é, muitas vezes, contada conforme a conveniência, omitindo os verdadeiros pioneiros em favor dos sobreviventes, ou lembrando deles quando se quer apontar a Maçonaria como protagonista das conjurações. Também é no mínimo intrigante como a Maçonaria esteve presente nos movimentos revolucionários baiano e pernambucano, mas tantos historiadores maçons e não-maçons fazem questão de negar sua participação na Inconfidência Mineira. Mas isso é tema pra outra ocasião.
O importante é reforçar que, antes de fundada uma Loja situacionista, a qual originou a Obediência que promoveu a independência sob a manutenção do imperialismo no Brasil, houveram várias outras Lojas e até Obediências oposicionistas, e muitos de seus membros morreram ou sofreram duras penas defendendo os princípios maçônicos de liberdade e democracia. E a Maçonaria brasileira de hoje tem o dever moral de honrar essa história.