A pesquisadora Jessica Harland-Jacobs (2007) relata que, enquanto em muitos países a Maçonaria se mostrou uma instituição cosmopolita e inclusiva, a Grande Loja Unida da Inglaterra optou por seguir um caminho diverso, tornando-se essencialmente imperialista, branca, protestante e de classe média/média-alta. Em suas próprias palavras, os maçons ingleses “tiveram que negociar uma disjunção entre sua ideologia universalista… e suas funções e pressupostos como imperialistas”.

Jessica teve razões para chegar a essa conclusão. No artigo de Andrew Prescott (2007), por exemplo, vê-se que, logo após a fusão das duas Grandes Lojas inglesas, surgindo então a Grande Loja Unida da Inglaterra, iniciou-se um movimento, capitaneado por Robert Crucefix, para restringir na Inglaterra o ingresso à Maçonaria apenas para cristãos – não católicos, obviamente – além da promoção de um elitismo, taxando maçons escoceses e irlandeses como “mendigos maçônicos”. Prescott ainda registra fatos relacionados às primeiras Lojas Maçônicas inglesas em colônias como a Índia, e o preconceito que reinava nessas Lojas acerca dos nativos das colônias, suas religiões e classe social. Um dos fortes indícios apontados por Prescott para confirmar a tendência religiosa da Maçonaria inglesa são as melodias de origem cristã dos hinos adotados no Ritual de Emulação e em vários outros rituais ingleses.

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