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A ORIGEM E O SIGNIFICADO DO TRIPONTO

O triponto está presente nas abreviações contidas em diplomas, pranchas, manuais e rituais do REAA e na assinatura de todo maçom brasileiro que se preze. Mas qual é a origem desse costume e seu real significado?
Muitos se arriscam em chutar seu significado: os três graus simbólicos; o Esquadro e Compasso e o Livro da Lei; as Colunas Jônica, Dórica e Coríntia; o Venerável e seus dois Vigilantes; o triângulo superior da Árvore da Vida; as pirâmides de Quéops, Quefren e Miquerinos; o Enxofre, o Mercúrio e o Sal; Pai, Filho e Espírito Santo; ou mesmo Prótons, Elétrons e Nêutrons; etc, etc, etc. Daí, em cima do suposto significado, “deduzem” a origem: Grécia Antiga, Cabala, Egito Antigo, alquimistas, Igreja e até na Física.
Temos que concordar que o tema colabora para o quase infinito número de interpretações, muitas sem pé nem cabeça, afinal de contas, o número 03 pode ser encontrado em todas as culturas, épocas e religiões. Aliás, pode-se encontrar nessas qualquer número entre 01 e 09, basta um pouco de criatividade! Os números acima de 09 não são tão populares exatamente por dar mais trabalho encontrá-los.
Mas não é possível que continuemos a utilizar o triponto nas abreviações e até mesmo em nossas assinaturas sem saber a real origem e significado do mesmo. Então, vamos ao que interessa:
O triponto não está presente na Maçonaria Universal, e sim apenas nos Ritos de origem francesa. Sua forte presença no Brasil deve-se à supremacia do REAA no país. Conforme Ragon, em sua obra “Ortodoxia Maçônica”, o triponto começou a ser oficialmente usado nas abreviações a partir de 12/08/1774, através de determinação do Grande Oriente da França. Chapuis evidencia que o uso já era adotado por algumas Lojas francesas anteriormente, como na Loja “A Sinceridade”, de Besançon, em ata de 1764.
O costume de abreviar as palavras surgiu com os gregos e foi extensamente explorado pelos romanos através das “anotações tironianas” que, aliás, criaram a regra de duplicar a letra inicial quando da abreviação de termo no plural, regra ainda existente na abreviação maçônica.  Esse sistema de abreviação do latim sobreviveu de tal forma na Europa pós-romana que, para se ter uma ideia do uso e abuso das abreviaturas na França, em 1304 o Rei Felipe IV, o Belo, publicou lei proibindo abreviações nas atas jurídicas.
Se sempre adotadas em atas e sinalizadas por traços, barras ou reticências, é claro que nas atas maçônicas as abreviações não ficariam de fora e ganhariam um sinal correspondente com a instituição: uma variação das reticências, lembrando o símbolo geométrico mais importante para a Maçonaria, o Triângulo. Não demorou para que, pelo costume da escrita e exclusividade do uso, o triponto ultrapassasse sua utilidade caligráfica e alcançasse a assinatura dos Irmãos.
Por que os maçons ingleses e americanos não utilizam o triponto? Simplesmente porque a língua inglesa não é uma língua neolatina, românica. Ocorrem abreviações, porém respeitando outras regras e sem o uso de sinais.
Com a questão esclarecida, sejamos sinceros: a verdade é bem melhor do que imaginar que estamos desenhando Quéops, Elétrons ou Enxofre quando assinamos!

36 comentários sobre “A ORIGEM E O SIGNIFICADO DO TRIPONTO

  1. Fantástico!
    Uma explicação breve mas totalmente esclarecedora.
    Meus sinceros parabéns.
    T.’.F.’.A.’. (Olhe eles aí de novo)

    1. Muito bom saber das origens do triponto∴

  2. Creio que toda digressão é importante e necessária, todavia, entendo que em nossos rituais este tema está bem claro, atrevendo-me a discordar da exposição apresentada. Não tenho a intenção de ofender, mas provocar mais debate e pesquisa sobre a matéria.

    Kennyo Ismail – Meu Irmão Airton, discordar é importante, desde que acompanhado de nova tese devidamente fundamentada. Apenas discordar não colabora com o processo dialético.

  3. Vou arriscar-me a 8.7 anos luz daqui: Os três pontos são na verdade os três sois do sistema solar de Sírio, de onde proveio toda a vida na terra. Parece ficção mas não é. Leia o que Albert Pike fala de sirio no seu livro Moral e Dogma na maçonaria, e sereis livres conhecendo a verdade! Qualquer duvida escreva para: celio.mm.a@hotmail.com. Tentarei mostrar ao mesnos o reflexo da verdadeira luz mesmo que simbolicamente.

    Kennyo Ismail – Hehehehehehehe. Mais uma explicação inventiva ao invés de histórica para nossa coleção! Obrigado!

  4. A complexidade da origem do triponto ultrapassa o nosso sistema solar, ele pode ter uma origem em nosso vizinho mais próximo; no sistema solar de Sírio. Ao longo de dez anos de pesquisa sobre a origem mais remota da maçonaria, pude chegar a uma tese que mais parece ficção cientifica, mesclada com mitologia, astronomia, filosofia, e religião. Para os mais leigos no assunto e não iniciado nos mistérios egípcios parecerá esta tese um absurdo. Mas para alguns destes, digo somente alguns, pois mesmos alguns iniciados nos graus mais altos, não percebem a verdade por trás da letra morta. Infelizmente a verdade não chega a todos iniciados; pois tem de se deixar os dogmas preestabelecidos para se chegar a uma verdade suprema e mesmo assim ela se torna um ponto de partida, como se fosse uma dizima periódica na matemática. Portanto a verdade só poderá chegar a uma pessoa humana que realmente a busque com o coração sem que o materialismo espúrio faça parte desta busca. Vou delinear resumidamente esta tese que não poderia ser explicada na integra em qualquer forma de registro humano; mas até onde nossa imaginação possa nos levar. A lenda de Osíris e Isis é o ponto de partida para a elucidação da verdade, apesar de parecer um conto de fadas; acredito que ela foi criada por sábios para tentar explicar aos primeiros egípcios ainda crianças no conhecimento a origem da vida na terra, como fazemos às vezes para explicar nossos filhos ainda crianças como eles vieram ao mundo, e em lições de bem e dos mal como contos de chapeuzinho vermelho e o lobo mal. Vou resumir a lenda para não tornar a explicação cansativa. Osíris e Isis ambos irmãos se casaram; Set também irmão dos dois por inveja matou Osíris e o desmembrou-o em 14 pedaços atirando-os no Nilo. Isis inconformada achou 13 pedaços de seu corpo uni-os por meio de mumificação, ressuscitando Osíris; entretanto o 14º pedaço não foi encontrado ficando “perdido” (a palavra perdida). Na realidade o 14º pedaço o Pênis não ficou perdido, mas oculto. Para entender mais claramente esta lenda temos de viajar a 8.7 anos luz do nosso sistema solar, até o nosso vizinho mais próximo. O sistema solar de Sírio na constelação de Orion. Sabe-se “hoje” que o sistema solar de Sírio é composto por três sois. Um destes sois ao que parece a 500 milhoes de anos era uma estrela gigante vermelha, já prestes a morrer, como toda estrela em seu final de vida. Em um evento fenomenal que acontece em todo o universo, esta giagante vermelha explodiu varrendo tudo a seu redor. Não vou aqui explicar a complexidade da vida de uma estrela que tem suas fases de vida, mas dar uma luz do que aconteceu próximo a nosso sistema solar e que é o cerne de toda a vida na terra. É aqui que entra minha tese em cima deste fato. Com a explosão tudo que estava a sua volta foi “varrido”; possivelmente um planeta habitado com vida em um nível de evolução muito acima do nosso com uma natureza semelhante ao nosso, fundiu-se com resto dos escombros da massa solar desta estrela. Simultaneamente a explosão essa fusão criou uma massa que com a força cinética foi atirada no grande abismo do cosmos, viajando e depois da longa viagem entra no nosso sistema solar e “cai” em planetas do nosso sistema solar inclusive na nossa terra, encontrando a distancia exata daquela em que orbitava naquele sol extinto e que a principio, era Escura, oca e vazia e não sem forma e vazia como diz o texto manipulado pelos gregos, mas o texto original de acordo com fontes rabínicas. Como um “Pênis” fecundando um “Utero” essa massa solar com o DNA do planeta morto, penetra nesta terra escura, oca e vazia, “fincado” como um marco de terra (Land Mark) trazendo primeiramente a luz, depois as reações de energia e químicas originam àgua e dai por diante “em seis dias” a vida como a conhecemos inclusive o homem. A vida daquele planeta extinto a 8.7 anos luz daqui renasce gradativamente, lentamente, como a fênix das cinzas da grande destruição, até atingir o topo da criação o homem que ainda está evoluindo para se chegar ao que foi um dia aquela humanidade do sistema solar de Sírio. Quando Salomão diz no livro do Eclesiastes: “Não há nada de novo debaixo de nosso sol; se alguém diz: “isto é novo” isto já existiu em tempos passados “( Eclesiates :Cap 1-9;10 )Salomão já naquela época já sabia desta verdade e tinha o conhecimento da origem da vida no nosso planeta. O grande mistério é que este “pênis” ou “Pedra fundamental da vida no nosso planeta, ainda se encontra no meio de nos e é toda a razão de nossa existência. Guarda todo o “conhecimento do universo”. Tem 72 nomes; mas podemos resumi-los em ao menos em três: Pai, filho e espirito puro” ou santo; como sua concepção achar melhor. É o maior tesouro de todos os tempos; o pote de ouro no final do arco íris, a palavra perdida, a pedra oculta, ou o corpo do eterno mestre Hiram Abif, o alfa e o ômega, a árvore no meio do jardim ou a fonte da agua da vida. Inacessível a homens de coração dominados pela maldade e materialismo. Albert Pike na sua obra Moral e Dogma na maçonaria, relata que Siro tem uma importância fundamental na arte maçônica, foi sírio o responsável por todo o conhecimento humano, representa a estrela famígera no centro de nossas lojas. Na realidade nas lojas de superfície esta estrela é simbólica. Mas na loja chamada planeta terra (azul) ela ainda reluz verdadeiramente com toda sua força, beleza e sabedoria, pouquíssimos homens de superfície a viram com seus olhos físicos, é aquilo que os cristãos chamam de cristo ou o filho, depois do grande “sacrifício” cósmico depois da morte naquele sistema solar e o renascimento neste. Se nós humanos de superfície pudéssemos realizar literalmente a grande viagem na palavra V.I.T.R.I.O.L, poderíamos ver e saber quem é na realidade a 14ª parte do corpo de Osíris ou para nos maçons visualizar o “corpo” de Iram Abif e sua misteriosa tumba. Acreditem se quiserem. Celio M. Amorim.

    Kennyo Ismail – Celio, só que há um detalhe que você desconsiderou em sua teoria: a maioria do mundo maçônico, que inclusive tem origem e rituais anteriores a da Maçonaria Latina, nunca utilizou e não utiliza o Triponto. Mais de 70% dos maçons do mundo não utilizam o Triponto. Essa pequena observação histórica por si só derruba sua tese. Triponto é coisa de Maçonaria Francesa, assim como VITRIOL e tantas outras coisas que não têm origem na Maçonaria, mas foram influências que só ocorreram na França, copiadas de tantas outras Ordens esotéricas, vertentes e crenças, distanciando os Ritos Latinos da Maçonaria Operativa.

  5. Kennyo concordo em grande parte com você, entretanto há na obra de um dos maiores se não o maior autor maçônico brasileiro Rizzado da Camino, uma referência a localização desta fonte secreta de “energia” no livro rito escocês Antigo e Aceite do grau 1º ao 33º, uma frase em latin que não me lembro bem em referência ao grau 32º (Príncipe do Real Segredo) que siginifica “ A luz interior nos guia”. Para os mais leigos no assunto parece ser mais algo espiritual; mas na verdade tem sim referencia com a palavra VITRIOL e com esta fonte energética que esta literalmente “no Meio de nós” sendo oculta aos olhos de nos que vivemos de fora (Profanos), ou seja, na superfície do planeta terra. A palavra PROFANO é de origem grega e refere-se a parte exterior do templo onde os não iniciados nos mistérios ficavam. Todos nós na realidade somos profanos pois estamos na superfície do planeta. Os maçons mesmo estando na superfície são iniciados, ou seja, podem com o passar do tempo mesmo que simbolicamente iniciar o passo para o conhecimento do mundo interior não so no coração, mas no “coração” do nosso planeta. Há muitas outras referências nos escritos de Platão principalmente no FEDON e na Bíblia referente a a este mundo secreto que gastaria varias páginas nesta replica. Os maçons que conhecem o real segredo jamais podem divulga-lo e tem que se esforçarem para oculta-lo ao Máximo caso ele esteja se desvelando e há várias formas para se fazer isto. No livro de Ezequiel na Bíblia na visão do NOVO TEMPLO salvo o engano no Cap: 40 ao 43, Deus descreve este templo com suas entradas e saídas e que os cristãos principalmente os chefes da igreja católica vinculou esta visão a um mundo espiritual, no intuito de ocultar a verdade dos “profanos” assim como faz todos os maçons do grau Kadosch acima, e concordo que tem que ser assim, pois o ser humano ainda não está preparado para esta verdade assustadora ou “maravilhosa”. Apesar que Deus no final destes capítulos diz a Exequiel “Vai Exequiel, coloca tudo que lhe mostrei em um rolo (pergaminho), vai e mostra a todos os israelitas as entradas e saídas de onde coloquei a planta dos meus pés.”

    Kennyo Ismail – Meu Irmão Celio, desculpe-me, mas não consegui compreender sua síntese. Qual seria a relação do exposto com o triponto? Seria o triponto nessa teoria uma “fonte secreta de energia”? E como seria possível o triponto referenciar algo do Grau 32, se o Grau 32 surgiu meio século depois do uso do triponto? Talvez seja mais uma das teorias esotéricas de Rizzardo da Camino, que realizava interpretações frias, muitas vezes sem referencial teórico e desconsiderando o contexto.

    1. Kennyo, é ficou meio confuso, do triponto passei para o real segredo. Vou tentar esclarecer sua duvida. A fonte secreta de energia no centro do planeta terra seria de origem do sistema solar de Sírio como relatado no primeiro comentario, o qual os cientistas atuais descobriram se tratar de um sistema ternário ou seja três sois. Possívelmente os maçons franceses resolveram abrir bem obscuramente o segredo com a utilização do triponto que já sabiam ser a representação do sistema solar de Sírio, o qual influenciou toda a civilização Egípcia, a mesma que os maçons aproveitaram seus símbolos. a relação de datas não altera em nada a verdade; a abertura de certos elementos ocultos é que ocorreram em diferentes classes como você disse da maçonaria francesa e em épocas distintas confundindo o pesquisador menos atento a estas diferenças. Ex: O olho que tudo vê é o mesmo que o olho de Horus reestilizado pelos maçons; a estrela flamejante seria o mesmo que o disco solar entre os chifres da Deusa Isis (chamado de assento) Isis na verdade é o planeta terra que recebeu o “penis de Osíris” o disco solar. Você deve ter notado que no meio da estrela flamejante esta a letra G ; é o cerne da vida na terra. Como disse Jesus Cristro: “Felizes os que acreditam sem ter visto” Tudo está ocultado por uma reestilização das culturas Egípcias, Babilônicas, judaicas e gregas. Mas a verdade é uma só. Vejamos o que diz Jean de Maistre:”Todo o paganismo e idolatria são verdades distorcidas e manipuladas, que basta “lava-las” para que venha a brilhar com todos os seus raios”. A verdadeira LUZ realmente está no meio de nos. “Em um salmo da Bíblia Davi diz: “Das profundezas te invoquei o senhor” Tanto Davi como o GADU (Deus) podem estar nas profundezas” depende como se vê quem esta no côncavo ou no convexo.; na superfície ou no interior. Espero ter clareado um pouquinho mais. Para uma partícula do GADU no planeta terra o local do repouso ou paz(Centro ou eixo do mundo). “O centro do cenário faz o setenário, sobre o qual gira e repousa a natureza que Deus escolheu para glorificar seu nome adorável” Papus: Maçon Frances do Grau 33º.

      Kennyo Ismail – Célio, sem intenção alguma de ser indelicado, mas é exatamente esse tipo de teorias infundadas que procuramos combater racionalmente neste blog. Colocar maçons franceses do século XVIII como conhecedores de pseudos segredos astronômicos avançados é temerário. Da mesma forma é temerário enxergar o “pênis de Osíris” na Estrela Flamejante ou um esperma na letra G. Para esses recomendo procurar um psicólogo freudiano, ou mesmo um psiquiatra. Citações devem ser feitas para corroborar teorias, e não para incentivar devaneios. Precisa-se estudar um pouco mais de história da Maçonaria para não cair nessas viagens: Nos rituais mais antigos, a letra G não é presente na Estrela Flamígera. E o Grau 32, que você citou no comentário anterior, não é francês, e sim norte-americano. Não se pode simplesmente pegar rituais e inventar interpretações para seus símbolos, sem antes pelo menos tentar compreender a origem e o contexto em que foram criados.

      1. Kennyo, de maneira alguma achei indelicado sua replica; mas dentro dos princípios universais da maçonaria ela não impõe limites à livre investigação da verdade e à liberdade de pensamento e consciência, defendendo a mais plena liberdade de expressão como direito fundamental e inalienável do ser humano. Inicialmente as maiores descobertas feitas pelo homem foram consideradas como loucura e, no entanto foram as que geraram mais frutos e descobertas que ainda continuam se aperfeiçoando. Podemos citar apenas como exemplo no campo da astronomia, muitos foram mortos por apresentarem teorias vistas como infundadas. Enquanto ficarmos olhando somente pelo lado do conhecimento acadêmico jamais alcançaremos a verdade. A intuição humana é uma “arma” poderosíssima contra o ostracismo do pensamento e pode nos levar a descobertas inimagináveis. Platão dizia: “O homem não inventa nada e sim relembra o que já sabia”. De qualquer forma foi um enorme prazer trocar informações com você, que demonstra um aprofundado conhecimento da sublime ordem.

        Kennyo Ismail – Celio, eu agradeço pela tolerância. Nosso compromisso também é com a investigação da verdade, mas no sentido daquilo que pode ser logicamente comprovado e aceito. Foi bom você dar o exemplo da astronomia… Na astronomia, muitos foram mortos porque apresentaram teorias lógicas e racionais, mas o lógico e racional não era aceito por aqueles que diziam que a verdade não está na lógica e na razão e sim na intuição, no místico, nos dogmas, etc. Cada um deve decidir se é pré-iluminista ou pós-iluminista, ou seja, se ainda se submete ao véu da meta-narrativa do oculto, ou se submete à luz da Moral e da Razão, como apregoado pela Maçonaria, uma instituição essencialmente iluminista.

        1. Um embate entre o braço místico e o braço científico da maçonaria.

  6. sempre me passaram uma imagem negativa dos maçons, a falta de cultura é destrutiva.

    1. legal tenho apredido muito e é bom saber a origem de sua profissaõ

  7. Tá aí o problema central da Maçonaria de origem francesa: o fato de ser uma maçonaria “misturada” com rosicrucianismo etc. Compreendo as razões históricas para a inserção de elementos rosicrucianos na maçonaria, mas em minha mente separo com clareza o que é maçônico e o que é empréstimo rosicruciano. E acredito que esse pendor “esotérico” é um dos pontos que tornam a Ordem incompreendida e até mesmo dificultam sua expansão.
    Não consigo enxergar como possível que uma Ordem que tem como um de seus princípios mais caros a equidistância em relação a todas as religiões possa simultaneamente adotar como “verdade” ou como ensinamento “maçônico” algo que pode ir de encontro às crenças da maioria de seus adeptos.
    Exemplifico: um maçom evangélico é admitido na Ordem – digamos, numa Loja do REAA – e logo começa a se deparar com explicações relacionadas à alquimia, chakras, zodíaco, numerologia etc. Essa espécie de ensinamento tende a “desmentir” as explicações dadas pela religião daquele adepto, que logo vai se sentir um “peixe fora d’água”.
    É por tais razões que sou um entusiasta da maçonaria de origem anglo-saxônica, porque se dedicam a ensinar valores MORAIS, cujo conteúdo não ofende a religiosidade de ninguém.
    E, cá entre nós, é um pouco complicado achar que ingleses ou franceses no século XVI conhecessem alguma coisa de chakras, né?

    1. Concordo com você, Naruê. O objetivo maior da maçonaria é o aperfeiçoamento moral do indivíduo e, por conseqüência, da sociedade em que está inserido. A mistificação sem base dos símbolos maçônicos adentra, ainda que involuntariamente, a senda das crenças religiosas, e fere um dos mais vitais landmarks. Se um maçom é adepto da alquimia, tem toda a liberdade de estudá-la e praticá-la, mas não dentro da loja. Suas crenças místicas nunca o desqualificarão como pedreiro-livre, mas isso não lhe dá o direito de levá-las para os rituais maçônicos, que são laicos por excelência.

  8. PPOD;. IIR;. QUE JABULON OS ABENÇOE. TENHO 38 ANOS DE MAÇONARIA E NUNCA LI OU OUVI FALAR SOBRE TAO MARAVILHOSO ASSUNTO. ESTAMOS ATRASADOS NO TEMPO E NO ESPAÇO. POR AQUI NAO SE FALA NISSO NEM DENTRO E NEM FORA DE LOJA. REUNIAO BOA AQUI É A QUE TEM SOMENTE UMA HORA DE DURAÇAO. OBRIGADO INTERNETE.

  9. MESTRE, DESCULPE. TOH APANHANDO DESSE TAL FACEBOOK. AINDA MAIS SE EU FICAR NERVOSO. AIH EMBOLA TUDO. SUA BUSCA É PROFUNDA. TEMOS QUE LARGAR OS 3 PP;. E IRMOS ATRAS DO PONTO. P;. C;. ACHOI QUE AI TA A QUESTAO. NAO SEI EM QUE LUGAR COMENTAR DIREITO. DESCULPE. SAUDAÇOES NOS 3 P;. P;. DO SAG;. TRIANG;.

  10. CURIOSIDADE…
    Qual é o significado quando mesmo antes de ser maçõn aos 15 anos quando adotei minha assinatura já assinava com os três pontos sem intensão nenhuma, que posso comprovar na minha RG aos 15 anos. Será que no meu inconsciente eu já era maçon ? ou o destino falou mais alto?
    IR.’.VALBERIO

  11. acho ótimo encontrar irmãos que estudem, e com suas teorias, nós trazem mais conhecimentos, mesmo que alguns sejam achismos. e que possamos aprender, isso é ótimo.
    gostariamos de ler mais discussões, isto é,mais troca de conhecimentos, que irão engrandecer a nossa ordem.
    t.:f.:a.: edson garzon.:

  12. Ótimo esclarecimento,muitos de nós necessitávamos dele. Inclusive este que vos escreve.

  13. Val:. Ir:. Kennyo,

    Parabéns pelo trabalho,principalmente em seu contexto histórico.
    Quando as vertentes para o triponto, existem várias interpretações, como por ex., “Meu Ir:. e eu chegaremos(sentido de unidade, interdependência, assembléia, egrégora, etc.,), chegaremos ao Fim Supremo.
    Mais uma vez, concordo com posicionamento histórico, mas a riqueza desenvolvida nesta página, com os comentários consequentes, nos dão uma visão (exagerada é claro), da universalidade cerebral e das inspirações dos seres humanos. E se quiséssemos discutir mais, seria uma sessão de um dia inteiro (do meia dia à meia noite completa).
    Como sugestão, (se já não o fez?) discorra sobre o Tríplice Fraternal Abraço. (se já o fez, se possível, enderece ao meu e-mail)
    De P:. e à O:. no Or:.de Franca S. P.,
    José Reinaldo do Carmo M:.I:.

  14. Bom dia.
    Sobre o tema acima li dois autores, um deles do REEA e outro pesquisador do Ritual de Emulação e ambos discorrem não sobre a origem, mas sobre sua utilização.
    Um descorda em utiliza-lo ao assinar documentos profanos e outro diz que os três pontinhos na assinatura do maçom que pratica Ritual de Emulação não deveria ocorrer. O primeiro diz que devemos ser cautelosos e discretos, sugerindo utilizar os três pontos somente em documentos maçônicos e o segundo diz que por se tratar de um “Ritual Inglês” não se usa os três pontinhos pois os mesmos nos remete a Tríade da Revolução Francesa utilizado também na Maçonaria Operativa.

    Kennyo Ismail – Sobre a utilização, não me proponho a discuti-la. Creio que é uma questão que deva ser regulamentada pelas Obediências, ou mesmo compeendido pelas mesmas como foro íntimo de cada maçom. Há inclusive rituais no Brasil que fazem menção explícita ao uso do triponto na assinatura. No meu entendimento, não se deveria debater sobre adotar ou não adotar e como utilizar sem ao menos saber a origem e seu uso original (origem essa que defendo no post ser do costume latino de abreviação de atas). Ainda sobre a utilização, como mencionado no post, é comum na Maçonaria Latina e incomum na Maçonaria Anglosaxônica. No entanto, nesse mundo globalizado em que vivemos, em especial nos EUA, cuja Maçonaria tem relativa presença de maçons latinos, a adoção do triponto já começa a ser propagada, apesar de ainda de forma tímida.

  15. Sou gr.’. 30 (cav.’. Kadosch). Estudo bastante os assuntos
    pertinentes a Arte Real. O tritongo que se estuda na 5a. /
    Inst.’. de Ap .’. M.’. enontra-se muito bem dissecado neste blog. Sinceros agradecimentos. Ass) BFLemos.

  16. A discussão do tópico foi ótima, mas infelizmente no Brasil a maioria utiliza o triponto apenas por EGO, rabiscam qualquer coisa e colocam 3 pontinhos no final do nome, geralmente usando uma caneta de ouro ou prata grafada com o esquadro e o compasso.
    Alguns maçons Brasileiros se esqueceram do que é ser.
    T.´.F.´.A.`.

  17. Gostaria de um a explanação mais específica, não muito complexa.
    Os 03 (três) ponto sua significação e pronto.

    Kennyo Ismail – Sugiro que leia novamente o texto, que já é específico e resumido por demais. Mais resumido do que isso, só assim… TRIPONTO = SINAL DE ABREVIAÇÃO NA MAÇONARIA. Sem significado original.

  18. Gostei da explicação, sem tendência para nenhum lado. Simplesmente o lógico. Sempre nossa mente, criando “fantasmas”.

  19. Muito bom

  20. Caro Ir. Kennyo, sou do Ritual de Emulação, originario ingles, baseado na tua explicação, o fato de nao utilizarmos o triponto é porque nosso ritual é ingles e nao frances ?

    Obrigado

  21. Caríssimo klironomía, KENNYO ISMAIL

    Sua explanação do tema é coeso e franco, embasado em dados e fatos históricos e concretos.

    Acompanhei suas respostas aos comentários e pude notar sua destreza em contornar as refutações sem causar grandes constrangimentos elucidando aos fatos anteriores e posteriores a suas conclusões.

    Fico muito feliz vendo que você utilizou de conhecimento e não de sincretismo.

    Com olhar sincero, meu fraternal abraço.

  22. Olá Kennyo!

    Sou aprendiz nascido no rito de York da COMAB. Como muito bem sabes não usamos o triponto porem tenho algo a acrescentar e gostaria de sua opinião sendo tão estudioso. Vejo o triponto como uma forma de identificação também entre os irmãos. Em meu caso que trabalho como servidor publico ao verificar a assinatura ja realizo alguma das perguntas para confirmar. Caso ocorra já é instaurado o conforto e a suavidade de um relacionamento entre irmãos. Apesar de não existir justificativa em meu rito, passei tambem a utiliza-la com esse mesmo intuito. O que dizes a respeito?

  23. Ótimo.
    Discussão apropriada: Uma elucidativa e outra especulativa que enriquecem a nossa pesquisa e nossa viagem literária, contudo nos remetendo a impressão de restar devida a verdade absoluta sobre o triponto..

  24. O tri ponto, o número 3 três, a simbologia… sintetiza o mesmo ponto distorção da informação sobre perspectivas distintas….

  25. eu vejo fundamentação histórica do triponto em relação ao óleo. na alquimia, o símbolo do óleo é um triponto (elemento fogo). o mesmo era utilizado por pastores primitivos hebreus para ungir a cabeça das ovelhas e proteger das moscas e seus parasitas. essa conotação é válida na unção de Aarão no salmo 133. o óleo é símbolo da proteção Divina, e o triponto, nesse contexto, é um símbolo dessa proteção.

  26. Olá meu Ir.’. Kennyo
    Você poderia me ajudar com um estudo sobre o Tríplice Triangulo?
    Grato
    TFA

    Kennyo Ismail – Ir. Lindiomar, escrevi a respeito no livro ORDEM SOBRE O CAOS. TFA.

  27. Prezado irmão Kennyo Ismail,

    Meus parabéns pelo conteúdo abordado, foi de grande valia para meus estudos de pranchas. Podemos exemplificar então que o triponto nada mais é que um sinal de abreviação que inicialmente diferenciava a instituição, logo que na época já eram utilizados as abreviações por profanos . O sistema foi usado de costume e que se perpetua até hoje?

    É válido também discorrer que a utilização em assinaturas tem mais um sentido de mostrar ser maçom que um outro significado particular do irmão ou da ordem?

    Tríplice Fraternal Abraço.

    Kennyo Ismail – Gabriel, exatamente, para as duas questões. TFA.

  28. Nesse trecho “O triponto não está presente na Maçonaria Universal, e sim apenas nos Ritos de origem francesa.”, Acendeu a curiosidade de conhecer quais os ritos que não utilizam os Três pontos. Desde já agradeço.

  29. Boa tarde !

    Estimado irmão fantástica a sua explanação, principalmente na abordagem em relação a língua/caligrafia/idioma. No idioma francês o triponto lembra muito o significado de preposição, o que esmiuçando melhor na preposição na gramática francesa, a preposição tende a construir uma palavra invariável sem ter a necessidade de adequar a lugar, ou número, ou grau; diferentemente do idioma inglês que no uso da preposição em alguma palavra, esta tende a indicar um caminho, lugar e se torna invariável.

    No Brasil a preposição tem a função de ligar duas palavras na frase para dar algum significado o que no caso não recairia muito bem como uma tese adequada a remeter o triponto a esse termo gramatical. Compreendo que seria mais adequado o sufixo. Contudo sendo um costume maçônico ja utilizado mesmo antes da normativa do Grande Oriente da França entendo ( e sei que irei contrariar Wilian Preston) que os demais ritos inclusive o York o deveriam manter o que, como se sabe, não se vê usualmente. Caso contrário o praticante do rito de york sequer poderia utilizar esse sinal em sua assinatura, nem em ATAs ou documentos. Essa confusão não define obviamente um obreiro, porém torna impertinente a conjugação do sinal ao nosso idioma e coloca os praticantes do Rito de York no Brasil em dicotomia aos costumes. E explico! Se no Rito de York praticado no país a caligrafia subscreve ao pensamento anglosaxônico exclusivamente, e já de outro lado o REAA é predominante no país com o costume de utilizar o triponto em seus documentos, a nomenclatura passa a ter pouco sentido para o york em razão da cultura já adquirida do costume no país. E isso fica insoso! Afinal somos um povo com características de miscigenação variada e ficaria sem sentido excluir ou as obediências interporem tal barreira sem um sentido amplo de estudo e pesquisa estabelecido. Entendo que o artigo deixe claro que não é um sinal utilizado pela maçonaria universal, porém não compreendo o porque da barreira a utilização. Bem, deixo minha tese aqui para a sua apreciação e também para os demais irmãos.

    TFA

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